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Nacional
Quarta - 23 de Agosto de 2006 às 01:41
Por: Maria Clara Cabral

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Diferentemente da Câmara, que hoje abriu o processo contra 67 deputados, os três senadores a serem julgados pelo Conselho de Ética do Senado devem ganhar pelo menos um mês no trâmite de seus processos. A CPI dos Sanguessugas acusou Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessirenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES) de participação na máfia das ambulâncias.

A manobra foi possível porque o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), enviou ao Conselho de Ética uma denúncia e não uma representação. Com isso, o relator de cada processo vai em busca de provas que fundamentem a denúncia.

O relator pode dizer se inicia o processo pela perda do mandato ou se arquiva a denúncia. A partir daí, o Conselho envia o processo para a Mesa do Senado, onde o Renan decide se acata ou não. A Mesa então, faz a representação e devolve para o Conselho. Toda essa primeira fase deve ser finalizada apenas no dia 24 ou 26 de setembro.

O presidente do Conselho, João Alberto (PMDB-MA), que é da mesma ala política de Renan e Suassuna, negou que essa tenha sido uma estratégia do presidente do Senado para dar tempo aos senadores. "Eu acredito que não. Ele (Renan) recebeu a denúncia, encaminhou a mim. Recebeu como denúncia e não como representação", justificou João Alberto. v Nesta segunda-feira, o senador confirmou ainda os três relatores dos processos. Sibá Machado (PT-AC) será relator do caso de Magno Malta, Demóstenes Torres (PFL-GO) do de Serys e Jefferson Peres (PDT-AM) do caso de Suassuna.

Na Câmara, o Conselho de Ética abriu processos contra 67 deputados acusados pela CPI dos Sanguessugas. Apenas dois dos 69 indicados renunciaram aos cargos, para evitar o processo de cassação: Marcelino Fraga (PMDB-ES) e Coriolano Sales (PFL-BA).




Fonte: Terra

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