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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quarta - 23 de Agosto de 2006 às 01:34

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No prazo de uma semana três pessoas morreram em Tangará da Serra com suspeita de hantavirose. A informação é da responsável pela Saúde Coletiva do Escritório Regional de Saúde, Maria Santina Dias de Almeida.

Segundo ela, desde o último dia 15 foram registrados quatros internações no município com suspeita de hantavirose, sendo que três foram a óbito. Maria Santina explica que as quatro vítimas, apesar de um ser morador de Tangará da Serra, trabalhavam em Campo Novo do Parecis. “Estamos aguardando o resultado da sorologia que deve sair dentro de 20 dias para confirmar se as mortes foram provocadas ou não pelo hantavírus. No entanto, os sintomas apresentados pelas vítimas confirmam a doença como causa da morte”, informa.

O Ministério da Saúde, Secretarias Estadual e Municipal de Saúde já colocaram a população em alerta, principalmente em razão das mortes que ocorreram nos últimos 15 dias. “As comunidades, em especial de Campo Novo do Parecis e de Tangará da Serra (da zona rural), devem estar atentas, pois a hantavirose pode ser transmitida pela poeira, que em razão da seca fica armazenada nos maquinários, no campo e na estocagem de grãos”. O roedor contaminado com o vírus tem hábito silvestre, estando presente principalmente nas lavouras de grãos, descartando a possibilidade da sua presença na cidade, explica Maria Santina.

Para a responsável pela Saúde Coletiva do Escritório Regional de Saúde, o risco de haver um surto é grande, uma vez que na área atingida (Campo Novo do Parecis) já houve outros registros de hantavirose e existe a circulação do vírus. “Os órgãos de saúde afirmam que a única medida possível é educar a população, já que a maioria vive na área rural e tem contato com o rato. Entre as medidas de contenção da enfermidade estão, desinfetar locais suspeitos e evitar a entrada dos ratos tapando buracos e ralos”, declara.

A equipe da Secretaria Estadual de Saúde já capturou, coletou e catalogou material de roedores silvestres, possíveis transmissores do hantavírus em Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis. Os roedores silvestres, que transmitem o hantavírus vivem nas matas, mas, com o desmatamento, costumam procurar comida em locais onde há armazéns de estocagem de grãos ou outros alimentos, geralmente em sítios, chácaras ou fazendas.

Maria Santina declara que os profissionais da área estão visitando todos os moradores das zonas urbana e rural, para esclarecê-los sobre a prevenção ao hantavírus. “Estamos desenvolvendo um trabalho intensivo e permanente para evitar novas contaminações e óbitos pelo hantavírus”.

TRANSMISSÃO: Os ratos transmitem a doença por meio das fezes e da urina, que depositam em paióis, galpões e nas próprias casas. A infecção ocorre normalmente por inalação, em atividades de limpeza e pelo contato com o roedor, através da mordida.

SINTOMAS: Os sintomas da hantavirose são febre, dores musculares, mal-estar e vômitos. Depois, a respiração e os batimentos cardíacos aceleram e a pressão arterial pode ficar baixa. Os sintomas da doença são febre, cansaço e dor nos músculos. Aproximadamente metade dos pacientes apresentam também dor de cabeça, tonturas, calafrios, náuseas, vômitos, diarréia e dores abdominais. Todos os pacientes apresentam tosse e falta de ar.

O paciente que apresentar os sintomas do contágio por Hantavírus deve procurar um médico imediatamente. Quanto mais cedo acontece a detecção, maior as chances de cura.

CUIDADOS A utilização da máscara (P3); armazenar sacarias sobre estrado com 50 cm de altura do chão; a área em volta de casas, galpões e alojamentos devem ser mantidas sempre limpas, a limpeza de ambientes fechados deve ser feita com água e água sanitária; construir armazéns a menos 500 metros distante da mata, manter o local sempre arejado e os locais com vestígios de presença de roedores nunca deverão ser varridos, para evitar a formação da poeira com o vírus.




Fonte: Diário da Serra

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