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Internacional
Terça - 22 de Agosto de 2006 às 23:35

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A ONU acredita que será necessário pelo menos um ano para desativar as milhares de bombas de fragmentação que estão espalhadas por todo o sul do Líbano, informaram hoje à Efe fontes da Ação Antiminas das Nações Unidas (MACC) em Tiro.

Segundo a fonte, especialistas em desativação de explosivos de organizações suecas e britânicas conseguiram retirar 735 bombas deste tipo em 185 áreas urbanas ao sul do rio Litani nos últimos sete dias.

As 19 equipes internacionais que realizam este trabalho rastrearam até agora as principais localidades e seus arredores em uma primeira inspeção visual, sem realizar ainda uma investigação profunda do terreno.

As mesmas fontes informaram que pediram a Israel os mapas com as coordenadas dos locais nos quais as bombas de fragmentação estão posicionadas para facilitar o trabalho, embora até agora não tenham recebido resposta alguma de Tel Aviv.

Pelo menos 8 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas por causa da explosão deste tipo de explosivo durante a primeira semana de cessar-fogo, segundo informações do Exército libanês.

Quase todas as vítimas são deslocados ou refugiados, que retornavam para suas casas e que não tinham consciência do perigo oculto entre os escombros.

Boa parte das vítimas que chegam aos hospitais é de crianças, que tocam ou brincam de forma inocente com os explosivos, em muitos casos similares a uma pequena bola.

Segundo as estimativas das Nações Unidas, cerca de 157.000 bombas foram colocadas pelo Exército israelense no território libanês durante o conflito, sendo que entre 10% e 20% delas não explodiram.

A organização Human Rights Watch (HRW) - que enviou uma equipe de especialistas em explosivos para a região - diz que este é o início de "uma grande crise humanitária" de complicada solução, pois "não se sabe a situação exata das milhares de bombas de fragmentação" espalhadas no sul do Líbano.

Segundo as fontes do escritório da ONU, a maior parte dos explosivos encontrados até agora são de fabricação americana e alguns são muito antigos, de 1973, semelhantes aos utilizados na Guerra do Vietnã.

Apesar de os soldados libaneses e os das Nações Unidas distribuírem folhetos entre a população do sul com as fotos das bombas que ainda podem explodir, os hospitais da região continuam recebendo vítimas.





Fonte: EFE

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