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Internacional
Terça - 22 de Agosto de 2006 às 16:24

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A Promotoria de Moscou acusou formalmente, nesta terça-feira, de assassinato por motivos racistas, dois dos três homens presos como suspeitos de terem realizado o atentado a bomba na última segunda que matou dez pessoas e deixou 50 feridos em um mercado popular na capital russa.

O promotor de Moscou, Yuri Siomin, afirmou que os acusados, dois estudante universitários de 20 anos de idade, decidiram colocar uma bomba no mercado Cherkízov por acreditarem que ali havia "muitos asiáticos", diz a agência Interfax.

"Primeiro foram ao mercado para conhecer o lugar e escolher o local no qual colocariam a bomba", disse Siomin. Segundo ele, os dois acusados falaram de seus planos para o terceiro suspeito dois dias antes da ação. Segundo o promotor, a bomba "explodiu 55 segundos após ser acionada", porém os vendedores e guardas do mercado detiveram os dois jovens por sua atitude suspeita, enquanto o terceiro fugiu.

Siomin desmentiu as informações iniciais de que havia cinco chineses e um vietnamita entre as vítimas fatais. Além disso, ele informou que "a investigação não tem informações de que os suspeitos pertençam a algum grupo ou organização".

O jornal Vremia Novostéi publicou hoje que os detidos estão vinculados a "grupos nacionalistas ou fascistas" e detonaram a bomba por "motivos estritamente ideológicos: Para matar pessoas que não são russas".

A publicação disse que a direção que a direção que a investigação tomou foi uma "surpresa muito desagradável" para as autoridades russas, pois "demonstra claramente a propagação descontrolada dos ânimos racistas e fascistas na sociedade". "Os eventos no mercado de Cherkízov mostram até que ponto as autoridades se equivocaram na avaliação da ameaça nacionalista", concluiu.





Fonte: EFE

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