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Internacional
Terça - 22 de Agosto de 2006 às 08:28

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A polícia entrou na residência presidencial de Israel na segunda-feira a noite e apreendeu computadores e documentos do presidente Moshe Katsav. A informação é do jornal israelense Haaretz. A ação faz parte de uma investigação que teve início com acusações de uma ex-empregada, de que o presidente a teria coagido a ter relações sexuais.

Katsav pode encarar possíveis acusações de estupro como resultado do testemunho da ex-empregada. Entre os computadores levados, um é do escritório do presidente.

Investigadores procuram por correspondências ou outras informações que poderiam esclarecer a natureza da relação do presidente com a ex-empregada, e com outros funcionários da Residência.

A polícia começou a decifrar a informação encontrada nos computadores, afirmando esperar que a ação os conduza a informação que poderia ajudar no caso.

O objetivo dos investigadores é acumular mais informações a fim de não depender apenas das diferentes versões dos dois lados.

A polícia afirmou que Katsav seria interrogado nos próximos dias. Os investigadores ainda não definiram quais acusações específicas serão apresentadas contra o presidente, com base nas acusações da mulher.

Por lei, relações íntimas com uma mulher sem seu total consentimento, é considerado estupro. Se os investigadores descobrirem que havia consenso nas relações, a polícia pode acusar o presidente por "relação consensual proibida", estatuto que proíbe explorar a posição de autoridade no local de trabalho com o propósito de obter relações sexuais.

Há dois meses atrás Katsav deu ao procurador-geral, Menachem Mazuz, uma carta onde ele afirmava que a ex-empregada havia tentado extorqui-lo, com ameaças de que se ele negasse seus pedidos, ela o acusaria de abuso sexual.

A mulher consentiu passar por um detector de mentiras há uma semana atrás. O teste incluía perguntas sobre o contato sexual ente a empregada e o presidente, e indicava que a mulher respondeu diversas questões honestamente.

De qualquer forma, em outros casos as respostas não foram inequívocas e a polícia busca testemunhos que afirmem ou neguem as alegações da ex-empregada.





Fonte: Agência Estado

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