Fotógrafo da II Guerra premiado com o Pulitzer morre nos EUA
Rosenthal morreu na manhã de domingo, em uma casa de repouso em Novato, Califórnia, ao norte de San Francisco, disse o Chronicle. Rosenthal trabalhou para o jornal durante 35 anos, até sua aposentadoria, em 1981.
O fotógrafo foi contratado pelo Chronicle em 1946, após trabalhar para a agência The Associated Press durante a Segunda Guerra Mundial. Sua fotografia em preto e branco de cinco marines e de um oficial da Marinha levantando a bandeira no monte Suribachi valeu-lhe o prêmio Pulitzer de Fotografia em 1945.
"A razão pela qual a imagem se tornou um ícone é que, à época, ela realmente representava a união do país", disse Willis Hartshorn, diretor do Centro Internacional de Fotografia, em Nova York.
O Chronicle disse que Rosenthal não conseguiu tirar a foto na primeira vez que os oficiais levantaram uma bandeira no monte, horas antes. Ele e alguns marines haviam alcançado o cume do Suribachi, de 166 metros, no quinto dia de lutas, e a bandeira que tinha sido hasteada era muito pequena.
Mas depois ele conseguiu mirar os marines e o oficial levantando uma bandeira maior, que podia ser vista de todos os lados da ilha vulcânica, disse o jornal. Sua fotografia do acontecimento rendeu-lhe o Pulitzer e serviu como modelo para o Memorial dos Marines, perto de Washington.
Quase 7 mil soldados dos EUA morreram e cerca de 20 mil ficaram feridos na batalha de 36 dias entre fevereiro e março de 1945. Dos 22 mil soldados japoneses que lutaram em Iwo Jima, apenas 1.083 sobreviveram.
O Chronicle disse que Rosenthal nunca ganhou muito dinheiro pela foto. A AP deu-lhe um bônus de US$ 4,2 mil pelo trabalho na guerra, e ele ganhou um prêmio de US$ 1 mil de uma revista de câmeras. Rosenthal ainda recebeu cerca de US$ 700 por participações em programas de rádio. Rosenthal estimava ter recebido menos de US$ 10 mil pela foto.
Comentários