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Internacional
Terça - 22 de Agosto de 2006 às 06:56

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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta segunda-feira que a guerra no Iraque está provocando uma "tensão na psique" dos norte-americanos e admitiu que o conflito pode ser um dos principais temas da eleição de novembro, quando estará em jogo o controle do Congresso.

Ele disse também que não fará campanha pelo candidato republicano em Connecticut, onde o senador Joseph Lieberman perdeu as primárias dos Democratas neste mês, em grande parte devido ao seu apoio à guerra no Iraque.

Lieberman, candidato a vice-presidente pelo Partido Democrata em 2000, agora concorre como independente para manter sua vaga no Senado. Ele liderou a pesquisa da semana passada sobre o candidato democrata, o empresário Ned Lamont, que é contra a guerra.

A Casa Branca recusou-se a endossar o concorrente republicano, Alan Schlesinger.

Bush, cujas taxas de aprovação em algumas pesquisas caíram para os níveis mais baixos de todo o seu mandato, principalmente devido à guerra no Iraque, reconheceu que o conflito está influenciando os EUA.

"Às vezes fico frustrado, raramente surpreso. Às vezes fico feliz. Mas a guerra não é um período de alegria. Não são tempos felizes, são tempos de desafio e difíceis, e estão tensionando o espírito do nosso país, e eu entendo isso", disse Bush.

Uma pesquisa da CNN divulgada na segunda-feira mostrou que os índices de aprovação de Bush continuam fracos, apesar do aumento de dois pontos em relação à pesquisa realizada no início de agosto. Segundo a CNN, 42 por cento dos norte-americanos aprovam a conduta de Bush, comparados aos 57 por cento que desaprovam a maneira como ele conduz a Presidência.

Uma nova pesquisa USAToday/Gallup Poll também mostra Bush com 42 por cento de aprovação, no nível mais alto em seis meses desta sondagem. A pesquisa, feita na sexta-feira e no sábado, também mostra um aumento no apoio à maneira como lida com o terrorismo, para 55 por cento, no nível mais alto deste ano, disse o jornal USA Today.

PATRIOTISMO E IRAQUE

Bush disse que vai continuar desafiando os democratas, que pedem uma retirada rápida das tropas dos EUA do Iraque.

"Nunca vou questionar o patriotismo de alguém que discorde de mim", disse Bush. "Mas tenho todo o direito, e meu governo também, de deixar claro quais serão as consequências".

Ele argumenta que uma saída prematura do Iraque pode fortalecer grupos como a Al Qaeda no Oriente Médio e provocar ataques contra os EUA.

Os democratas afirmam que o orçamento militar e federal dos EUA foi afetado pela luta prolongada e que a violência interna no Iraque pode provocar uma guerra civil.

"A psique norte-americana não é o problema", disse John Kerry, senador por Massachusetts e candidato a presidente pelo Partido Democrata em 2004. "O problema é a política desastrosa do governo para o Iraque".

Os democratas podem retomar o controle da Câmara e do Senado dos EUA na próxima eleição. Bush aconselhou os candidatos a manterem o foco em temas de segurança nacional e economia.

"Eu falaria sobre economia e segurança nacional. Mas como não vou disputar, só posso servir como conselheiro para quem está concorrendo", disse Bush.




Fonte: Reuters

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