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Polícia Brasil
Terça - 22 de Agosto de 2006 às 06:32

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A estudante Lucimara Aparecida de Arruda Mamede, de 19 anos, morreu ontem de madrugada após ficar sete dias internada em estado grave no Pronto Socorro de Várzea Grande (PSVG). No dia 13, ela, o marido Luiz Fernando Nascimento Souza, de 22 e Josemar Campos Moraes, de 18 anos, foram feridos à bala após sair de uma casa de shows no bairro Jardim Glória I. Os três foram levados ao PSVG.

Atingido na perna, Luiz Fernando foi liberado após ser medicado. Josemar Moraes, que foi baleado nas costas, continua internado em estado grave, pois o tiro atingiu-lhe a coluna vertebral e ele corre o risco de ficar paraplégico.

Na sexta-feira, um adolescente de 17 anos se apresentou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e confessou ter atirado nos três jovens. O garoto confirmou que foi até a casa de shows e, na saída, foi agredido por um dos rapazes. Então, sacou um revólver calibre 38 e começou a atirar.

O adolescente é primo do garoto Jandilson Lúcio dos Santos, de 17 anos, que foi executado com dois disparos no tórax, cerca de uma hora depois, no Jardim Glória. “Acho que quem matou o meu primo queria me acertar pois sou muito parecido com ele. Deve ser a turma do Mapim”, argumentou o infrator.

Em depoimento ao delegado Hamilton César de Camargo, o infrator disse que, no dia seguinte (domingo) conseguiu vender o revólver, no próprio bairro, por R$ 400, recebendo o pagamento em dinheiro. Sobre a morte do primo, disse que ficou sabendo do crime ainda no domingo de manhã. “Só fiquei sabendo que o Jandilson morreu no final da manhã”, explicou.

Após o depoimento, o adolescente foi liberado. Com a morte de Lucimara, a situação do garoto poderá se complicar. “Eram três tentativas de homicídio, uma tentativa de chacina, mas agora tem uma vítima fatal”, explicou um policial plantonista. O delegado poderá solicitar a internação do adolescente.

Ontem de manhã, durante o velório, familiares da estudante relataram que ela e o marido moravam no Mapim e saíram a noite para ver o show. O casal, que tem um filho de quase dois anos, resolveu esticar a balada porque o show “estava bom”.

“Minha sobrinha não era de ir muito a festas. É revoltante o que aconteceu. Ela deixou uma filha pequena para o pai criar”, disse uma tia durante o velório.

Os policiais tentam agora localizar o autor do assassinato de Jandilson. Antes do depoimento do adolescente, havia a suspeita que os dois crimes não tinham conexão. “Mas com o depoimento, tudo pode mudar”, explicou um policial.




Fonte: Diário de Cuiabá

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