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Esportes
Terça - 22 de Agosto de 2006 às 06:30

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O técnico Dunga declarou que os astros da Seleção Brasileira têm de jogar em função da equipe no momento em que estão sem a bola nos pés. O treinador acredita que jogadores como o meia-atacante Ronaldinho tiveram uma liberdade excessiva durante a Copa do Mundo e não puderam contribuir taticamente para o grupo.

"Por mais talento que um atleta tenha, ele não será 100% talento durante os 90 minutos. Ele terá alguns momentos de talento, mas deverá auxiliar a equipe no restante do tempo. Haverá horas em que mesmo um jogador como o Ronaldinho terá brancos, e é nessa hora que ele tem que jogar para a equipe", declarou o treinador em entrevista ao Sportv.

Pensando exatamente nesta mescla de habilidade e marcação, Dunga descartou a possibilidade de armar a equipe com tantos jogadores criativos como seu antecessor Carlos Alberto Parreira se acostumou a fazer antes e durante o Mundial.

"O futebol nos ensinou a jogar organizado para roubar a bola. Todo mundo fala que somos bons com a bola no pé. Então, quando estamos com ela, tem que jogar, tem que dar pelo menos cinco toques. Essa questão de quadrado ou losango é o de menos".

Por outro lado, o treinador afirmou que é fundamental fazer a diferença com a bola no pé. "Precisamos valorizar o que temos de melhor, não pode entrar em campo e ficar com medo de chutar e driblar. Depois que passou do meio, é atacante, independente da posição", afirmou.

Apesar de viver apenas os primeiros dias no comando da Seleção, Dunga já tem uma estratégia elaborada para a Copa da África do Sul. "Temos uns três, quatro jogadores em cada posição na programação para 2010. Com equilíbrio, vamos fazer uma renovação em termos de nome e de idade".

Ele admitiu que a Seleção não rendeu tudo que podia na estréia diante da Noruega, mas gostou do espírito dos jogadores. "Estava todo mundo em começo de temporada. Eles se entregaram, com muita garra, determinação e alegria", declarou.

Dunga promete coerência nas convocações. "Vamos ter transparência, falando a verdade e olhando no olho. Se o atleta render bem, continua. Agora, a chance é desses jogadores, e eles têm que aproveitar", reiterou o comandante.

Em seu primeiro trabalho como técnico, Dunga conta que ainda não tem dimensão de sua responsabilidade. "A ficha vai caindo com o passar dos dias, já que a cobrança e as dificuldades aumentam. Precisamos de tranqüilidade para escutar as críticas, mas sempre tomar decisões com convicção".




Fonte: TERRA

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