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Internacional
Terça - 22 de Agosto de 2006 às 04:19

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O Tribunal Penal Supremo do Iraque retomou hoje as audiências no julgamento do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein e de seis de seus antigos colaboradores por "genocídio" contra o povo curdo durante a campanha al-Anfal.

A operação foi realizada pelo Exército iraquiano entre 1987 e 1988 contra o Curdistão, no norte do país, e causou a morte de dezenas de milhares de pessoas.

O julgamento começou na segunda-feira. A sessão de hoje tem a presença dos sete acusados, inclusive o ditador e seu primo, Ali Hassan al-Majid. Mais conhecido como "Ali, o químico", ele era responsável pela Zona Norte durante a operação, segundo várias redes de TV iraquianas.

Na segunda sessão do processo, o sultão Hajem Ahmed, antigo ministro da Defesa ,que era comandante do regimento que atuou no Curdistão, negou ter atacado o povo curdo. Ele garantiu que sua missão era repelir os ataques iranianos na região durante a guerra contra o Irã (1980-88).

Saber al-Douri, ex-chefe dos serviços de Inteligência militar, considerou "não culpados" todos os acusados, inclusive Saddam.

"Estávamos defendendo o país", afirmou.

O presidente do Tribunal, o juiz xiita Abdallah Ali al-Amery, deve ouvir hoje o depoimento de algumas testemunhas sobre a operação.

Saddam e outros sete de seus antigos colaboradores enfrentam ainda outro processo, cujo julgamento começou em outubro do ano passado. Eles são acusados do massacre de 148 xiitas após uma suposta tentativa de assassinato na aldeia al-Dujail, em 1982.




Fonte: EFE

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