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Internacional
Sábado - 19 de Agosto de 2006 às 08:22

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A sociedade privada União de Empresas está disposta a reparar as pistas do aeroporto de Beirute, bombardeadas por Israel durante sua recente ofensiva contra o Hisbolá, com dinheiro próprio, informou hoje a rádio "A Voz do Líbano".

O diretor da empresa Youssef Kanaan comunicou ao primeiro-ministro Fouad Siniora que sua companhia reparará as pistas de aterrissagem e decolagem do aeroporto internacional Rafik Hariri, acrescentou a emissora.

O presidente do conselho administrativo, Assad Jury, também confirmou a decisão a Siniora em conversa por telefone.

A União de Empresas já havia participado, junto a uma sociedade alemã, da ampliação do aeroporto de Beirute nos anos 90.

A atividade do aeroporto de Beirute é mínima nos últimos dias, depois de ficar fechado ao tráfego a partir de 13 de julho, quando Israel bombardeou suas pistas e impôs um bloqueio aéreo, marítimo e terrestre ao Líbano.

Durante a ofensiva, o aeroporto só estava sendo utilizado por aeronaves com ajuda humanitária, mas após o cessar-fogo dois aviões civis já aterrissaram em suas pistas.

Em entrevista a uma emissora de TV local, o ministro de Obras Públicas e Transporte, Mohamad Safadi, afirmou que "o Governo jordaniano adotou medidas para estabelecer uma ponte aérea entre Beirute e Amã".

"Para começar haverá quatro aviões todos os dias da Middle East Airline (MEA, companhia aérea nacional) e da companhia aérea jordaniana Al Alia. Este número pode aumentar conforme as necessidades", disse o ministro.

Safadi acrescentou que "estas disposições são temporárias enquanto se aguarda a reabertura total do aeroporto no final da próxima semana, quando as obras de reparação terão terminado". "Então poderemos receber todo tipo de aeronaves", afirmou o ministro.

Safadi negou a possibilidade de o Governo permitir o posicionamento de uma força internacional nos pontos de acesso ao Líbano para impedir a entrada de armas com destino ao Hisbolá em aplicação da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU.

"É algo que não aceitaremos já que este trabalho tira a responsabilidade do Governo. O Exército libanês será posicionado no aeroporto e as forças de segurança nos portos e nas fronteiras", disse.

"Se a ONU deseja garantir que o Governo cumpra suas promessas com relação à (resolução) 1701, não temos inconvenientes", acrescentou Safadi.





Fonte: EFE

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