Israel lança ataque contra Líbano e testa trégua da ONU

Israel atacou o Hizbollah no sábado em uma ação que o Líbano considerou uma "clara violação" à trégua apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para interromper o conflito de 34 dias entre israelenses e o grupo de guerrilha.

Israel informou que a operação em Bekaa Valley, no leste libanês, tinha por objetivo eliminar o abastecimento de armas ao Hizbollah pela Síria e pelo Irã. Ambos os países negam que estejam fornecendo armas para o grupo.

Forças de segurança do Líbano disseram que três guerrilheiros do Hizbollah foram mortos. O exército de Israel afirmou que um de seus soldados morreu e dois ficaram feridos.

"É uma clara violação da suspensão das hostilidades declaradas pelo Conselho de Segurança (da ONU)", disse o premiê libanês, Fouad Siniora.

Comandos em dois veículos descarregados por helicópteros foram interceptados quando se dirigiam para a base do líder do Hizbollah, Sheikh Mohammed Yazbek, no vilarejo de Bodai, disseram fontes libanesas. Os israelenses abortaram a missão com a cobertura de ataques aéreos.

Bodai fica a 26 quilômetros da fronteira com a Síria.

A resolução da ONU de 11 de agosto ordenou o fim das hostilidades em um conflito que já matou ao menos 1.183 pessoas no Líbano e 157 israelenses.

Israel afirma que já matou mais de 530 combatentes do Hizbollah, número cinco vezes maior do que as perdas que o grupo admite ter sofrido.

A guerra começou depois que o Hizbollah sequestrou dois soldados israelenses em 12 de julho, dizendo que queria trocar a liberdade deles pelos prisioneiros libaneses e árabes mantidos em Israel.