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Nacional
Sexta - 18 de Agosto de 2006 às 15:08

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a indústria farmacêutica use novas cepas do vírus da gripe aviária na busca por uma vacina - mais recente sinal da complexidade do combate a uma doença que evolui rapidamente. Especialistas temem que o vírus H5N1 sofra uma mutação que facilite sua disseminação entre seres humanos, deflagrando uma pandemia.

Cerca de uma dezena de empresas de todo o mundo realizam testes clínicos de vacinas, usando vírus isolados no Vietnã em 2004.

"Queremos garantir que as cepas usadas para vacinas contra o H5N1 reflitam a diversidade da evolução do vírus", disse o médico Keiji Fukuda, coordenador do Programa Mundial da Gripe da OMS. Desde que o H5N1 começou a atacar humanos e aves no final de 2003, duas clades, ou grupos genéticos, distintos do vírus foram identificadas. A cepa do Vietnã de 2004 pertence à primeira clade. Em meados de 2005, a segunda clade surgiu, e vem causando casos de gripe aviária na China, Indonésia, Oriente Médio, Europa e África.

A OMS agora recomenda que os fabricantes de vacinas acrescentes novas linhagens da segunda clade na lista de candidatos à elaboração da vacina. O vírus H5N1 tem se mostrado difícil de prever, e o desenvolvimento de uma vacina pode representar, essencialmente, uma aposta em qual versão do vírus é a mais provável de se transformar numa ameaça à humanidade.

"O que esperamos é uma experiência mais ampla ao lidar com essas diferentes versões do H5", disse Fukuda. "O que queremos é saber, o melhor possível, como as diferentes vacinas, baseadas em vírus diferentes, funcionariam".





Fonte: AP

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