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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Sexta - 18 de Agosto de 2006 às 14:37

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O caso do assassinado de JonBenet Ramsey, estrangulada em 1996 no Colorado, se tornou ainda mais confuso após a detenção do suspeito do crime, o professor John Karr. Karr, de 41 anos, foi detido esta semana em Bangcoc, onde tinha conseguido um emprego como professor de escola primária.

Segundo as autoridades da Tailândia, o suspeito declarou que estava presente quando Ramsey, de 6 anos, foi estrangulada e sofreu uma fratura no crânio no porão de sua casa.

A promotora do distrito de Boulder (Colorado), Mary Lacy, encarregada do caso, disse, no entanto, que "se presume que Karr é inocente e não foram apresentadas acusações judiciais contra ele".

Lacy advertiu que "ainda resta muito trabalho a ser feito neste caso", que comoveu os americanos.

As autoridades tailandesas, que esperam a realização de alguns trâmites para extraditar Karr aos EUA, não submeteram o suspeito a interrogatórios, mas divulgaram o conteúdo de algumas conversas com ele.

Fontes tailandesas disseram que Karr declarou que pegou JonBenet na escola no dia da morte da menina, e que a drogou e a estuprou. Em público, Karr disse que a morte de JonBenet "foi um acidente".

Mas em 26 de dezembro, quando ocorreu o crime, não houve aulas nas escolas dos EUA, o exame forense não encontrou resquícios de drogas no corpo de JonBenet, e os indícios de ato sexual não foram conclusivos.

Além disso, a ex-esposa de Karr, Lara, disse a um canal de televisão na Califórnia que John estava no Alabama com ela no momento do crime e que não acredita que seu ex-marido esteja envolvido no assassinato da modelo infantil.

Desde a detenção de Karr em um distrito de Bangcoc surgiram testemunhos de familiares e conhecidos que o descrevem como um homem fascinado pelos crimes contra menores de idade.

O irmão do suspeito, Nate Karr, disse em um programa da rede de televisão "FOX" que John "demonstrava muito interesse, intensamente, pelos criminosos que cometeram atos contra menores de idade".

"Isso era o que interessava a ele, compreender os detalhes, as mentes desses indivíduos, para escrever um livro", acrescentou Nate Karr. "Talvez por isso entrou muito no assunto".

Karr, sua esposa e seus três filhos se mudaram em 2000 para Petaluma, na Califórnia, onde sete anos antes Polly Klaas, de 12 anos, tinha sido seqüestrada e assassinada. O suspeito também tinha se interessado por este caso. Lara ressaltou que John estudou o caso de Klaas em Petaluma.

Em 2001, o distrito escolar de Petaluma não renovou o contrato docente de Karr porque ele tinha sido pego com material pornográfico infantil. O casal se divorciou pouco depois, e por ordem judicial Karr não podia visitar seus filhos sem supervisão.





Fonte: EFE

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