IPI está preocupado com ameaças feitas a jornal russo
Em 2 de agosto, mais de vinte homens armados usando roupas camufladas e máscaras assaltaram a sede do jornal, segundo o IPI.
Segundo as informações baseadas na Fundação para a Defesa de Glasnost (GDF, em inglês), os homens levaram carteiras do Serviço de Segurança e afirmaram que estavam fazendo uma investigação devido à acusação de que o jornal tinha revelado segredos do Estado, mas não especificaram que segredos eram estes.
Pouco depois, as autoridades confiscaram computadores, equipamentos eletrônicos, disquetes e documentos dos colaboradores do semanário, depois de já terem apreendido computadores em uma ação similar em 25 de maio deste ano.
A redatora-chefe, Tatyana Sokolova, afirmou que o jornal sofre medidas de repressão desde o ano passado e acrescentou que os distribuidores e escritórios de imprensa da região receberam instruções de não cooperar com o veículo.
Em março deste ano, a Polícia local confiscou parte de uma edição especial de Permsky Obozrevatel que estava nas bancas.
A direção do semanário soube recentemente que a única gráfica disposta a imprimir o jornal se nega a fazê-lo no futuro por ter recebido advertências do governador local.
Sokolova está convencida de que as pressões estão relacionadas à publicação no veículo de artigos que criticam as autoridades locais e não excluiu que estejam vinculadas às próximas eleições para o Parlamento regional.
Segundo a GDF, este órgão de imprensa não é o único a sofrer assaltos e pressões das autoridades, pois em novembro de 2002 a sede do jornal Zvezda foi submetida a uma revista.
Em 2003, dois repórteres do Zvezda, Konstantin Sterledev e Konstantin Bakharev, foram submetidos a investigações judiciais, mas depois o processo foi arquivado por falta de provas.
O diretor do IPI, Johann Fritz, afirmou que esses ataques à imprensa constituem violações sérias do direito de informação e significam uma redução da liberdade dos cidadãos.
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