Arrecadação federal sobe para R$33,8 bi em julho

O governo federal arrecadou com impostos e contribuições a cifra de 33,844 bilhões de reais em julho, um aumento real de 4,37 por cento frente ao valor recolhido no mesmo período do ano passado, informou a Receita Federal nesta quinta-feira. O bom comportamento do setor de combustíveis foi um dos fatores apontados pela Receita para justificar o aumento da arrecadação.

O dinheiro recolhido por meio da cobrança do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas do setor somou no mês passado 1,026 bilhão de reais. Em julho de 2005, a Receita havia obtido apenas 99 milhões de reais com a cobrança desses dois tributos das empresas do setor de combustíveis.

O aumento nas vendas de veículos também contribuiu para o resultado da arrecadação.

Segundo o secretário-adjunto da Receita, Ricardo Pinheiro, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) cobrado em automóveis registrou alta de 10,47 por cento frente a julho do ano passado —reflexo do aumento de 16,9 por cento no volume de vendas de veículos mo mercado interno no período. Em relação a junho, o aumento foi de 4,34 por cento.

De janeiro a julho, a arrecadação federal somou 222,973 bilhões de reais, 3,25 por cento acima dos 215,951 bilhões de reais arrecadados em igual período do ano passado.

Os valores são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

"O aumento de arrecadação não foi pequeno, foi grande graças ao... crescimento da economia", disse Pinheiro.

Na comparação com junho deste ano, a arrecadação federal recuou 0,74 por cento. Pinheiro, no entanto, minimizou o movimento.

Segundo o secretário, alguns efeitos sazonais explicam a queda, como o recebimento, em junho, da primeira cota ou cota única do imposto de renda das empresas e da CSLL referentes ao segundo trimestre.

Outro fator que contribuiu para o caixa do governo em junho, mas não se repetiu em julho, foi o recolhimento semestral do IR sobre os rendimentos de capital.