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Nacional
Quinta - 17 de Agosto de 2006 às 17:12

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Uma juíza do estado de Nova Jersey anulou hoje a decisão de júri que retirou a culpa do laboratório Merck no caso de um homem que sofreu um ataque do coração após tomar o analgésico Vioxx e ordenou um novo julgamento.

Na segunda derrota judicial da Merck hoje, a juíza Carol Higbee decidiu que há novas provas que mostram que a empresa farmacêutica ocultou informações ligadas ao medicamento.

A decisão judicial que anula o veredicto do júri, obtido em novembro, diz que o Vioxx poderia estar ligado a ataques do coração quando o paciente consome o remédio por pelo menos 18 meses. Esta afirmação contradiz a versão da companhia, que diz que o medicamento só é nocivo após este período.

Hoje mesmo, apenas algumas horas antes, foi divulgado que o laboratório Merck terá que indenizar em US$ 50 milhões um ex-agente do FBI (polícia federal americana) que sofreu um ataque do coração após tomar o analgésico Vioxx, decidiu hoje um júri federal de Nova Orleans (Louisiana).

O júri concluiu que a companhia distorceu ou não revelou, "tendo pleno conhecimento", informações sobre o medicamento, o que causou o ataque em Gerald Barnett, um ex-agente federal.

Os membros do júri tiveram a opção de atribuir o erro médico à Merck e aos médicos, mas resolveram responsabilizar somente o laboratório farmacêutico.

A ação de Barnett é uma das mais de 16.000 relacionadas ao remédio que foram abertas nos tribunais americanos.

Este foi o segundo julgamento enfrentado pela Merck na esfera federal, Porém, em tribunais estaduais, a companhia já enfrentou seis processos, dois dos quais perdeu.

O advogado de Barnett resumiu em suas conclusões que seu cliente, que teve que fazer cinco pontes de safenas após um ataque cardíaco, tomava todas a precauções para evitar um enfarte: praticava exercícios físicos regularmente, seguia uma dieta saudável e tomava remédios para diminuir o colesterol.

Além disso, disse que seu verdadeiro problema foi o consumo de Vioxx durante mais de dois anos até seu ataque cardíaco em julho do 2002, quando tinha 58 anos.

Barnett continuou consumindo o medicamento por mais dois anos até que a Merck retirou-o do mercado, em setembro de 2004.

A farmacêutica decidiu suspender a fabricação do Vioxx depois que um estudo vinculou o remédio ao aumento dos ataques do coração e dos derrames cerebrais em pacientes que o tinham consumido durante 18 meses ou mais.





Fonte: EFE

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