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Cidades/Geral
Quinta - 17 de Agosto de 2006 às 14:27

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Os municípios prioritários para tratamento da tuberculose (TB) alcançaram, em 2005, uma taxa de sucesso de 86,51% na cura de pacientes que realizaram o DOTS (sigla em inglês para Estratégia do Tratamento Supervisionado da Tuberculose).

O resultado positivo foi apresentado durante a Oficina de Avaliação do DOTS, que aconteceu em Cuiabá no início deste mês e contou com representantes dos 16 Escritórios Regionais de Saúde (ERS) e das 32 cidades eleitas pela Secretaria de Estado de Saúde como prioritárias para receber ações de controle da doença.

De acordo com técnica da Coordenação de Ações Programáticas Especiais da Secretaria de Estado de Saúde (Ses), Lúcia da Costa Barros Dias, no ano passado, 219 pacientes realizaram o tratamento por meio do DOTS, esquema em que o paciente toma o remédio diariamente em uma unidade de saúde e é supervisionado normalmente por um enfermeiro ou toma em casa na presença de um familiar ou amigo. “Dos 219, 186 pacientes, ou seja, 86,51% tiveram sucesso no tratamento. Com este resultado concluímos que o tratamento supervisionado é a melhor estratégia para se alcançar a cura da tuberculose”, disse.

Outros 146 pacientes fizeram o tratamento auto-administrado (sem supervisão), sendo que 97 (69,29%) tiveram sucesso no tratamento da doença. O Ministério da Saúde (MS) preconiza que sejam descobertos 70% dos casos bacilíferos (tuberculose pulmonar e contagiosa em que o bacilo é eliminado para o ar durante a tosse e o espirro, entre outras formas de contágio).

Ainda, segundo Lúcia Dias, em 2005, o percentual de abandono foi de 3,3% entre os pacientes que adotaram o esquema DOTS e 14,3% no auto-administrado. Conforme Lúcia Dias, o abandono normalmente acontece a partir do quarto mês de tratamento, pois a pessoa começa a ganhar peso, não se sente mais cansada e volta a trabalhar. “A pessoa acha que está curada e abandona o tratamento que é de seis meses”, explicou.

O QUE É - A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria chamada “bacilo de Koch”. Os principais sintomas são: tosse com catarro por mais de três semanas, febre baixa no fim do dia, emagrecimento, perda de apetite, suores noturnos e cansaço fácil. Além do pulmão a doença pode ocorrer em outros órgãos como rins, fígado, intestino e ossos. Trata-se da tuberculose extra-pulmonar, forma considerada não contagiosa.

Caso a pessoa apresente estes sintomas deve procurar a unidade de saúde mais próximo de sua casa para ser examinado pelo médico, que para confirmar se o paciente realmente tem tuberculose, poderá solicitar uma radiografia do tórax e o exame do escarro (baciloscopia).

O tratamento consiste basicamente na combinação de três medicamentos (rifampicina, isoniazida e pirazinamida) e dura em torno de seis meses. “É fundamental não interromper o tratamento, mesmo que os sintomas desapareçam para evitar o surgimento de micróbios resistentes aos remédios e o adoecimento de novas pessoas”, reforçou Lúcia Dias. Os remédios são fornecidos pela rede básica de saúde.

Vale lembrar que a prevenção usual é a vacina BCG, aplicada nos primeiros 30 dias de vida e capaz de proteger contra as formas mais graves da doença.





Fonte: 24HorasNews

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