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Saúde
Quinta - 17 de Agosto de 2006 às 09:44

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Os municípios prioritários para tratamento da tuberculose (TB) alcançaram, em 2005, uma taxa de sucesso de 86,51% na cura de pacientes que realizaram o DOTS (sigla em inglês para Estratégia do Tratamento Supervisionado da Tuberculose). O resultado positivo foi apresentado durante a oficina de avaliação do DOTS, que aconteceu em Cuiabá no início deste mês e contou com representantes dos 16 Escritórios Regionais de Saúde (ERS) e das 32 cidades eleitas pela Secretaria de Estado de Saúde como prioritárias para receber ações de controle da doença.

De acordo com a técnica da Coordenação de Ações Programáticas Especiais da Secretaria de Estado de Saúde (Ses), Lúcia da Costa Barros Dias, no ano passado 219 pacientes realizaram o tratamento por meio do DOTS, esquema em que o paciente toma o remédio diariamente em uma unidade de saúde e é supervisionado normalmente por um enfermeiro ou toma em casa na presença de um familiar ou amigo. “Dos 219, 186 pacientes, ou seja, 86,51% tiveram sucesso no tratamento. Com este resultado concluímos que o tratamento supervisionado é a melhor estratégia para se alcançar a cura da tuberculose”, disse.

Outros 146 pacientes fizeram o tratamento auto-administrado (sem supervisão), sendo que 97 (69,29%) tiveram sucesso no tratamento da doença. O Ministério da Saúde (MS) preconiza que sejam descobertos 70% dos casos bacilíferos (tuberculose pulmonar e contagiosa em que o bacilo é eliminado para o ar durante a tosse e o espirro, entre outras formas de contágio).

Ainda, segundo Lúcia Dias, em 2005, o percentual de abandono foi de 3,3% entre os pacientes que adotaram o esquema DOTS e 14,3% no auto-administrado. Conforme Lúcia Dias, o abandono normalmente acontece a partir do quarto mês de tratamento, pois a pessoa começa a ganhar peso, não se sente mais cansada e volta a trabalhar. “A pessoa acha que está curada e abandona o tratamento que é de seis meses”, explicou.

Sintomas e tratamento A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria chamada “bacilo de Koch”. Os principais sintomas são: tosse com catarro por mais de três semanas, febre baixa no fim do dia, emagrecimento, perda de apetite, suores noturnos e cansaço fácil. Além do pulmão a doença pode ocorrer em outros órgãos como rins, fígado, intestino e ossos. Trata-se da tuberculose extra-pulmonar, forma considerada não contagiosa.

Caso a pessoa apresente estes sintomas deve procurar a unidade de saúde mais próximo de sua casa para ser examinado pelo médico, que para confirmar se o paciente realmente tem tuberculose, poderá solicitar uma radiografia do tórax e o exame do escarro (baciloscopia). O tratamento consiste basicamente na combinação de três medicamentos (rifampicina, isoniazida e pirazinamida) e dura em torno de seis meses. “É fundamental não interromper o tratamento, mesmo que os sintomas desapareçam para evitar o surgimento de micróbios resistentes aos remédios e o adoecimento de novas pessoas”, reforçou Lúcia Dias. Os remédios são fornecidos pela rede básica de saúde.

Vale lembrar que a prevenção usual é a vacina BCG, aplicada nos primeiros 30 dias de vida e capaz de proteger contra as formas mais graves da doença.





Fonte: Secom-MT

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