Ministro admite que despejo em Maraiwatsede teve colaboração decisiva da CNBB
O ministro-chefe da Secretaria Geral de Governo da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou que a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) teve participação decisiva na desocupação na gleba Suiá Missú, ocorrida em dezembro passado.
Durante o lançamento da Campanha da Fraternidade 2013, nesta quarta-feira (13), em Brasília, que terá a juventude como tema principal, o ministro destacou as boas relações entre o governo e a entidade maxima da Igreja Católica no Brasil.
E trouxe como exemplo das boas relações entre a CNBB e o governo federal o episódio da reintegração de posse da reserva indígena Maraiwatsede, na região do Araguaia.
“A reintegração em Maraiwatsede ocorreu graças à intervenção profética de dom Leonardo (Steiner) e de outros membros da CNBB, o que demonstra suas estreitas relações com o governo”, disse Gilberto Carvalho.
A manifestação ocorreu diante de uma platéia formada por representantes de comunidades indígenas do Distrito Federal, de jovens ligados à Pastoral da Juventude, além de membros da CNBB e jornalistas.
Dom Leonardo Steiner é o secretário geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil e foi bispo em São Félix do Araguaia. Segundo Gilberto Carvalho, teve participação efetiva na negociação para a desocupação da área que era ocupada por centenas de famílias da gleba Suiá Missú.
Beneficiados com a desocupação pelos não índios, os xavantes devem ocupar a reserva a partir de fevereiro. Esse é o prazo estipulado pelos técnicos da FUNAI para que os índios comecem a ocupar a Marãiwatsédé. Até o fim de janeiro o clma ainda era tenso entre produtores e alguns índios por causa do fim da gleba Suiá Missu e a ocupação dos índios deve prosseguir cercada de todas as atenções.
Comentários