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Internacional
Quinta - 17 de Agosto de 2006 às 08:48

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Cerca de dez amigos e três coroas de flores chegaram para o velório na casa do general Alfredo Stroessner, o ditador que durante 35 anos dirigiu o Paraguai com mão de ferro e que morreu na quarta-feira em Brasília.

O corpo do general foi velado na mansão onde morava no Lago Sul, em Brasília, onde vivia junto com o filho Gustavo Adolfo, foragido da Justiça paraguaia, e da qual quase não saiu nos últimos três anos.

No momento de sua morte, Stroessner pesava 45 quilos. Segundo amigos da família, estava com um terno preto, camisa branca e gravata vermelha.

O féretro chegou à casa direto do hospital Santa Luzia, onde tinha permanecido desde 29 de julho, quando foi internado por causa de uma hérnia inguinal.

Na mansão, foi recebido por alguns poucos parentes e cerca de dez amigos, alguns deles vindos do Paraguai.

O caixão foi carregado pelos próprios parentes e levado para o salão da casa, onde ficaram por toda a noite apenas os parentes mais próximos.

Entre eles estavam, além do filho Gustavo Adolfo, as filhas Estela, Teresa e Graciela Concepción.

Nenhum dos "muitos" militares ou políticos brasileiros com os quais, segundo seu neto Alfredo "Goli" Stroessner, o ex-ditador tinha amizade foi ao velório, onde chegaram apenas três coroas de flores, todas sem identificação ou inscrição.

Ninguém quis falar com os jornalistas que estavam diante da mansão, com exceção do neto "Goli", herdeiro político do general e quem ficou como porta-voz da família.

"Goli" disse à imprensa que a família ainda não decidiu sobre o destino do corpo, que pode ser sepultado hoje mesmo em Brasília, disse aos jornalistas um dos poucos amigos que foram ao funeral.

A única certeza era de hoje cedo aconteceria uma missa na casa, mas segundo versões de alguns jornalistas paraguaios, após a cerimônia o corpo será levado para o cemitério Campo da Esperança, em Brasília.

Entre a família, segundo "Goli" deu a entender, há divergências sobre onde Stroessner será enterrado.

Enquanto alguns querem sepultar Stroessner em Brasília, outros preferem que seja enterrado em Encarnación, cidade no Paraguai onde o general nasceu, em 3 de dezembro de 1912.

Em qualquer caso, não haveria honras de chefe de Estado, já que, no Brasil, o general era apenas exilado e, no Paraguai, o Governo do presidente Nicanor Duarte determinou assim.

Sobre essa decisão, "Goli" disse que a família respeita e que simplesmente não se interessa pelo assunto.




Fonte: EFE

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