Navio com ajuda humanitária da França chega hoje a Beirute
A embarcação leva a bordo tanques plásticos para o armazenamento de água, de diferentes tamanhos e com capacidades que oscilam entre 2.000 e 20.000 litros.
Uma missão exploratória da ONG avalia a situação da população civil no sul do Líbano após a guerra e as necessidades mais urgentes a curto prazo, segundo a porta-voz da organização, María Antonia Sánchez-Vallejo.
Em uma primeira aproximação de povos que permaneceram isolados durante todo o conflito, a equipe da ONG constatou a necessidade urgente de água.
Devido à falta de eletricidade, os motores das bombas de água existentes nestas localidades não funcionam e não é possível fazer extrações dos poços que fornecem água habitualmente à população e que têm uma profundidade de entre 200 e 500 metros.
Sánchez-Vallejo explicou que a organização instalará o mais rápido possível as caixas d''água transportadas pelo navio francês no sul do país.
A missão exploratória da organização analisou a situação nas localidades de Maaroub, Srifa, Es Souane e Tebnine, todas elas situadas a sudeste da cidade de Tiro.
Em Srifa, onde vivem cerca de 15.000 pessoas, a metade das casas foi reduzida a escombros e o trabalho de recuperação de corpos continua, o que representa uma séria ameaça à saúde devido à falta de água e às altas temperaturas. Cinqüenta pessoas morreram nos bombardeios contra esta localidade, segundo a ONG.
A infra-estrutura de água e saneamento dos outros povoados visitados apresenta as mesmas carências, às quais se acrescentam as dificuldades de acesso. A localidade de Al-Qantara, a leste de Srifa, continua isolada. A entidade continuará avaliando nos próximos dias a situação em aproximadamente vinte localidades.
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