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Rogério Ceni assume responsabilidade pelo vice
PORTO ALEGRE - Com gols ou defendendo pênaltis, Rogério Ceni foi decisivo em todos os jogos de mata-mata de Libertadores nos últimos dois anos. Mas nesta quarta-feira falhou. Num lance simples, de cruzamento na área, não conseguiu segurar a bola, que acabou sobrando para Fernandão abrir o placar. O sonho do tetra começava a terminar ali.
“Se alguém tem que assumir a responsabilidade pela perda do título, sou eu”, disse Rogério, admitindo a falha no gol de Fernandão. “Um erro que não costumo cometer aconteceu quando não podia acontecer”, emendou.
O goleiro não chorou em público. Demonstrou serenidade, parabenizou o Inter e destacou a raça da equipe tricolor, que lutou até o fim para levar a decisão para a prorrogação. “O time lutou, mostramos que éramos capazes de reverter a situação aqui no Beira-Rio. Mas, infelizmente, aconteceu um erro que não podia acontecer”, disse Rogério.
Logo após o gol, Rogério fez menção de que iria reclamar com o zagueiro Fabão, que também estava no lance. Ceni não foi adiante na reclamação porque sabia: a falha era dele, não do beque.
Nos minutos seguintes, Rogério, que estreava uma camisa nova, toda azul, como a do maior rival do Inter, o Grêmio, se manteve impassível. Não se lamentou olhando para o céu ou baixando a cabeça. Manteve-se atento ao jogo. Como capitão da equipe, não poderia demonstrar fraqueza.
Ele sabia, porém, que a tarefa, a partir de seu erro, se tornara quase impossível. Na história da Libertadores, só uma vez um time que perdera em casa o primeiro jogo da decisão havia conseguido reverter o resultado como visitante: o Olimpia, do Paraguai, que bateu o São Caetano nos pênaltis após perder a primeira partida por 1 a 0 em Assunção e vencer a segunda por 2 a 1 no Pacaembu, em 2002. Seria preciso uma virada histórica, portanto.
Líder do grupo, Ceni tratou de tentar injetar moral nos companheiros durante o intervalo. Em campo também não parou um minuto de incentivar os colegas. No final, desesperado, ele abandonou o gol e foi para o meio-de-campo. Aos gritos, tentou armar a equipe. Arriscou até alguns lançamentos. Mas não teve a oportunidade de cobrar uma falta, sua especialidade, e nem de superar o paraguaio Jose Luis Chilavert como o maior goleiro-artilheiro da história do futebol - os dois permanecem empatados com 62 gols.
Uma grande ironia marcou Rogério na decisão da Libertadores: quando criança, ele era torcedor do Internacional. Usava a camisa colorada e ia ao Beira-Rio com o pai e os irmãos para torcer por um time que tinha, dentre muitas estrelas, Figueroa e Falcão. Quis o destino que, no mesmo estádio que freqüentava como criança, Rogério teve sua maior decepção como jogador profissional.
Logo após o apito final, Ceni não baixou a cabeça: deu um abraço demorado em dois de seus principais companheiros, primeiro Lugano e depois Fabão, antes de ir para o banco de reservas. Lá, recebeu o abraço do colorado Fernandão e esperou a hora para receber sua medalha de prata.
“Se alguém tem que assumir a responsabilidade pela perda do título, sou eu”, disse Rogério, admitindo a falha no gol de Fernandão. “Um erro que não costumo cometer aconteceu quando não podia acontecer”, emendou.
O goleiro não chorou em público. Demonstrou serenidade, parabenizou o Inter e destacou a raça da equipe tricolor, que lutou até o fim para levar a decisão para a prorrogação. “O time lutou, mostramos que éramos capazes de reverter a situação aqui no Beira-Rio. Mas, infelizmente, aconteceu um erro que não podia acontecer”, disse Rogério.
Logo após o gol, Rogério fez menção de que iria reclamar com o zagueiro Fabão, que também estava no lance. Ceni não foi adiante na reclamação porque sabia: a falha era dele, não do beque.
Nos minutos seguintes, Rogério, que estreava uma camisa nova, toda azul, como a do maior rival do Inter, o Grêmio, se manteve impassível. Não se lamentou olhando para o céu ou baixando a cabeça. Manteve-se atento ao jogo. Como capitão da equipe, não poderia demonstrar fraqueza.
Ele sabia, porém, que a tarefa, a partir de seu erro, se tornara quase impossível. Na história da Libertadores, só uma vez um time que perdera em casa o primeiro jogo da decisão havia conseguido reverter o resultado como visitante: o Olimpia, do Paraguai, que bateu o São Caetano nos pênaltis após perder a primeira partida por 1 a 0 em Assunção e vencer a segunda por 2 a 1 no Pacaembu, em 2002. Seria preciso uma virada histórica, portanto.
Líder do grupo, Ceni tratou de tentar injetar moral nos companheiros durante o intervalo. Em campo também não parou um minuto de incentivar os colegas. No final, desesperado, ele abandonou o gol e foi para o meio-de-campo. Aos gritos, tentou armar a equipe. Arriscou até alguns lançamentos. Mas não teve a oportunidade de cobrar uma falta, sua especialidade, e nem de superar o paraguaio Jose Luis Chilavert como o maior goleiro-artilheiro da história do futebol - os dois permanecem empatados com 62 gols.
Uma grande ironia marcou Rogério na decisão da Libertadores: quando criança, ele era torcedor do Internacional. Usava a camisa colorada e ia ao Beira-Rio com o pai e os irmãos para torcer por um time que tinha, dentre muitas estrelas, Figueroa e Falcão. Quis o destino que, no mesmo estádio que freqüentava como criança, Rogério teve sua maior decepção como jogador profissional.
Logo após o apito final, Ceni não baixou a cabeça: deu um abraço demorado em dois de seus principais companheiros, primeiro Lugano e depois Fabão, antes de ir para o banco de reservas. Lá, recebeu o abraço do colorado Fernandão e esperou a hora para receber sua medalha de prata.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/282146/visualizar/
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