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Economia
Sexta - 15 de Fevereiro de 2013 às 08:49

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População pagará mais caro pelo pescado nesta Quaresma, inclusive quem optar pelo produto comercializado pelo projeto Peixe Santo, da prefeitura de Cuiabá. Encarecimento reflete o aumento no custo de produção, puxado principalmente pela ração, dizem piscicultores. Eles têm vendido o quilo por uma média de R$ 4,50 este mês, o que significa acréscimo de 18,42% ou 70 centavos em comparação com igual período do ano passado, considerando as espécies híbridas mais ofertadas, como tambacu e tambatinga.

Nesse mesmo intervalo, o preço da ração subiu 47%, variando de R$ 23 a embalagem de 25 quilos (R$ 0,92/kg) para R$ 34 (R$ 1,36/kg), relata a produtora e representante da Associação de Piscicultores de Mato Grosso (Aquamat), Maria da Glória Bezerra Chaves. Essa variação será levada em consideração durante a definição do preço de venda do pescado do do projeto Peixe Santo, durante a Semana Santa (25 a 29 de março), explica o técnico especializado em piscicultura da Secretaria Municipal de Trabalho e Desenvolvimento Econômico (SMTDE), Adílio Alves da Costa.

Apesar da proposta de garantir o pescado mais barato que os supermercados e feiras, ele diz que certamente o preço será superior ao praticado no ano passado. “Com base em conversas preliminares com piscicultores, acredito que possa ficar numa média de R$ 7 (kg), porque no ano passado foi vendido a R$ 6,50”. Quanto aos pontos de venda, adianta que devem ser reduzidos e instalados em lugares estratégicos, como as praças.

Oferta, porém, pode ser maior, considerando a disponibilidade do alimento e obedecendo a tendência dos últimos anos. Em 2012, por exemplo, a quantidade de carne de peixe comercializada pela prefeitura totalizou 421 toneladas, representando alta de 16,62% em relação ao penúltimo ano, quando chegou a 361 (t). Volume adquirido pela população cuiabana em 2011 foi ainda maior em comparação com 2010 (285/t) e representou incremento de 26,66% no consumo, segundo dados da secretaria. Espécies ofertadas foram o pacu, tambacu, tambatinga e pintado da Amazônia.

Para garantir a disponibilidade do produto, a prefeitura de Cuiabá iniciou em 2001 outro projeto (Nosso Peixe), por meio do qual foi viabilizada a instalação de 800 criatórios de peixe, acrescenta o técnico da SMTDE.

Nos últimos anos a demanda pela carne de peixe aumentou muito, relata a piscicultora Maria da Glória. “As pessoas não têm medo mais de comprar o peixe da piscicultura”. Quando ingressou na atividade, em 1996, ela produzia uma tonelada de pescado por ano numa área de 1,6 mil metros quadrados. Atualmente consegue obter 30 toneladas/ ano em 4,3 hectares de lâmina d’água. Diretor técnico da Aquamat, Francisco Chagas, diz que a produção mato-grossense anual está estimada em 45 mil toneladas, o que representa um crescimento de 181% em 9 anos.





Fonte: Do GD

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