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Cidades/Geral
Sexta - 15 de Fevereiro de 2013 às 07:09
Por: GUSTAVO NASCIMENTO

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Pacientes de risco dos municípios ilhados pelas fortes chuvas em Mato Grosso precisam ser transportados de avião para receber atendimento. As cidades também precisaram fretar aeronaves para abastecer hospitais, que já começaram a ter falta de remédios.

Segundo Agostinho Bespalez Filho, secretário de saúde do município de Cotriguaçu (950 km noroeste de Cuiabá), a situação está dramática. “Está bem complicado, pois cada avião fretado sai por volta de 1,8 mil reais. Desde o começo das chuvas precisamos fretar três para pacientes das alas de urgência e emergência, inclusive um com uma mulher que estava com gravidez de risco. Ainda tivemos que fretar outro somente com medicamentos para abastecer a rede pública, que estava ficando deficiente.”

Para Tereza Domingos, do município de Castanheira (779 km noroeste de Cuiabá), o medo de ficar sem comida é o que mais a incomoda. “Não está faltando nada nos mercados, mas e daqui a duas semanas? As chuvas deram uma parada, porém ainda está tudo meio parado. As estradas estão sem condições ainda”.

Atualmente Mato Grosso conta com 5.225,67 km de rodovias estaduais pavimentadas e aproximadamente 25 mil km não pavimentadas. O governador Silval Barbosa determinou, durante reunião nesta quarta-feira (13), uma ação imediata para recuperação de estradas de chão em diferentes regiões de Mato Grosso.

Segundo Schuring, presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Civis de Mato Grosso (ABENEC-MT), com o período chuvoso não há muito que fazer além de esperar. “Há dois anos o governo do Estado adquiriu um equipamento de ponta que poderia ter sido utilizado para resolver todas as estradas de Mato Grosso. Nós equipamos, mas mesmo assim parece que estamos novamente nos anos 80, andamos para trás ao invés de irmos para frente. Temos que parar com essa política de remediar. Agora tem que esperar a chuva passar, tudo o que for feito, além de não durar, vai gastar um valor imensuravelmente maior do que no período de seca”.

Para Schuring, o grande problema das rodovias e estradas estaduais do estado é a falta de planejamento do governo. “Todo ano isso acontece. A função do Estado é planejar e identificar o que é preciso. Se sabiam que nesses locais existe um forte tráfego de caminhões por conta da agricultura e pecuária porque nada foi feito para evitar a situação? Não se pode utilizar uma estrada de bicicletas para carretas. Tem que planejar melhor, estudar melhor. O solo poder ter sido mais bem compactado para que isso não voltasse a se repetir”.




Fonte: Do DC

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