Israelenses querem renúncia de ministro de Defesa, diz pesquisa
E 70 por cento dos israelenses discordavam da decisão do governo de aceitar o cessar-fogo patrocinado pela Organização das Nações Unidas sem exigir a libertação prévia dos dois soldados do Estado judaico capturados pelo grupo militante Hizbollah em 12 de julho. Os conflitos começaram após o grupo libanês ter realizado essa ação.
O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, um político de carreira que, ao contrário de muitos de seus antecessores, não possui experiência de guerra, enfrenta um revés político por não ter conseguido minar fatalmente o Hizbollah e por ter aceitado a trégua. Os índices de popularidade do premiê despencaram.
Apenas 40 por cento dos israelenses afirmaram estar satisfeitos com o desempenho de Olmert, ou cerca de metade dos quase 80 por cento que tinham essa opinião em julho, afirmou uma pesquisa divulgada pelo jornal Maariv.
Dos entrevistados, 28 por cento disseram estar satisfeitos com o desempenho de Peretz. No mês passado, esse índice era de 60 por cento.
Segundo o Maariv, quase metade dos israelenses — 49 por cento — acreditam que Olmert foi o responsável pelas falhas cometidas por Israel durante o conflito.
E, enquanto 41 por cento defenderam a renúncia do premiê, 57 por cento pediram a saída do ministro de Defesa, afirmou uma outra pesquisa, essa divulgada pelo jornal Yedioth Ahronoth.
Uma trégua que colocou fim aos 34 dias de conflito entre Israel e o Hizbollah entrou em vigor na segunda-feira e vem sendo respeitada.
Ao menos 1.110 pessoas no Líbano e 157 israelenses foram mortos nos combates.
Se não for contado o atual conflito travado com os palestinos, Israel sofreu na campanha recente seu maior número de baixas entre civis desde a guerra de criação do Estado judaico, em 1948.
Na pesquisa do Maariv, 66 por cento dos israelenses afirmaram que ninguém venceu a guerra. Uma maioria apertada — 53 por cento — defendeu que Israel deveria continuar lutando em vez de aceitar o cessar-fogo.
E 69 por cento dos israelenses disseram que uma comissão oficial de investigação deveria ser criada para "examinar a conduta dos dirigentes políticos e militares", revelou o Yedioth.
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