Gaúcho, Mineiro vai se sentir em casa no Beira-Rio
Nascido em Porto Alegre, ex-torcedor do Internacional, o jogador busca o bicampeonato do torneio justamente contra a equipe que fechou as portas para ele, em 1992, aos 17 anos. Gaúcho, o garoto até então morava na capital do Rio Grande do Sul e estudou por muitos anos na escola Maria Imaculada, em frente ao estádio.
"Ele e meu outro irmão, André, estudavam nessa escola. Minha mãe (Benildes) trabalhava lá e os levava para treinar no Internacional, que é em frente", relembra Luís Augusto, 37 anos, irmão mais velho do são-paulino. Ele ainda mora em Porto Alegre e é inspetor de polícia.
Após ouvi um "não" do Inter, o então Mineirinho foi tentar a sorte em outros clubes da cidade, entre eles o Grêmio. Recebeu a mesma resposta. A sorte começou a mudar no futebol quando ele foi estudar no colégio Dom Bosco, em Porto Alegre, aos 18 anos.
Dali, o volante foi convidado a fazer um teste no Rio Branco. Mudou-se para o interior de São Paulo e não largou o estado até hoje - ainda passou por Guarani, Ponte Preta e São Caetano antes de chegar ao clube do Morumbi, no começo do ano passado.
"Em 1993 e 1994 ele jogou o torneio de aspirantes. E depois foi aparecendo mais ao futebol. O Mineiro é muito perseverante. Nunca desistiu, apesar das dificuldades", contou Luís Augusto.
Antes anônimo, hoje o camisa 7 do time tricolor virou referência na cidade. Seu status de "celebridade" começou a mudar em dezembro de 2005, quando deu ao São Paulo o título mundial. A convocação para a Copa do Mundo transformou o atleta em orgulho para o povo gaúcho.
"Antes, quando ele vinha nas férias, a gente andava na rua sem problemas. Hoje já não dá mais", finalizou Luís Augusto, orgulhoso pelo sucesso do caçula da família.
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