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Internacional
Quarta - 16 de Agosto de 2006 às 08:21

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Uma em cada cinco das ratas usadas no estudo geraram filhotes saudáveis e férteis após terem seus óvulos fertilizados com esperma extraído dos ratos mortos.

A experiência oferece esperança a cientistas que tentam trazer de volta animais extintos, diz a equipe em artigo na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Uma possibilidade seria injetar esperma extraído de mamutes encontrados no gelo nos óvulos de elefantes fêmeas.

Os pesquisadores escreveram: "Se espermatozóides de espécies extintas de mamíferos (por exemplo, os mamutes lanosos) puderem ser retirados dos corpos dos animais que ficaram congelados por milhões de anos em gelo permanente, animais vivos podem ser recriados injetando-se esse esperma em óvulos de fêmeas de espécies próximas".

A equipe, liderada por Atsuo Ogura, do Instituto de Pesquisa Química e Física do Centro de Biorecursos em Tsukuba, no Japão, colheram esperma dos órgãos reprodutores intactos e, em alguns casos, dos cadáveres inteiros dos ratos.

Os animais haviam ficado congelados em temperaturas de 20º centígrados negativos durante 15 anos.

O congelamento de esperma é prática rotineira na técnica de fertilização in vitro, mas o material tem de ser cuidadosamente armazenado e protegido.

Nesse caso, no entanto, os cientistas não usaram técnicas sofisticadas, simplesmente colocaram os órgãos reprodutores ou os animais inteiros no congelador.

Os espermatozóides pareciam sem vida quando foram descongelados, e os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrir que foram capazes de gerar filhotes saudáveis.

Entretanto, as chances de que os cientistas consigam recriar um mamute lanoso, ou pelo menos um filhote de elefante com um pai mamute, são pequenas.

Qualquer mamute resgatado do gelo terá passado mais de dez mil anos congelado.

E o congelamento provavelmente terá ocorrido lentamente, sujeitando o cadáver a danos por bactérias e outros microrganismos.

Os mamutes lanosos pesavam sete teneladas e podiam alcançar mais de três metros de altura. Eles se tornaram extintos cerca de dez mil anos atrás.





Fonte: BBC Brasil

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