Novo atentado em Bagdá deixa oito mortos
Um carro-bomba explodiu às 11h30 locais (4h30 de Brasília) perto de um dos principais terminais rodoviários do centro de Bagdá, matando oito pessoas e deixando 28 feridos.
O terminal próximo ao local da explosão, ponto de saída dos ônibus para o sul da capital, é muito freqüentado pelos xiitas.
O atentado ocorreu em meio à mobilização de oficiais adicionais das tropas americanas e iraquianas, como parte do plano de combate à violência em Bagdá lançado em meados de junho.
Nesta quarta-feira também foram registrados confrontos entre o Exército iraquiano e as milícias de outro líder radical xiita, o clérigo Moqtada al Sadr, em Mussayeb, 100 km ao sul da capital. Uma pessoa morreu e 25 foram detidas.
Testemunhas também relataram enfrentamentos entre grupos de homens armados e tropas governamentais iraquianas em Basra, 550 km ao sul de Bagdá.
Tensão Os novos atos de violência acontecem num momento em que aumenta a tensão no sul do país, após os violentos combates de terça-feira na cidade sagrada xiita de Karbala, 100 km ao sul de Bagdá, onde foi decretado um toque de recolher de três dias.
De acordo com o primeiro-ministro Nuri Al Maliki, um grupo de homens armados atacou uma delegacia de polícia e repartições governamentais em Kerbala para desestabilizar o governo.
"O Exército matou dez criminosos e prendeu 281. Agora a situação está sob controle", disse.
Os confrontos também mataram sete iraquianos (três militares, um policial e três civis). Outro agente morreu em novos enfrentamentos em Kut, 175 km ao sudeste de Bagdá, com os partidários de Hassani, líder xiita radical hostil aos Estados Unidos.
Toque de recolher Em Karbala reina uma frágil calma, com todos os acessos à cidade bloqueados pelas tropas oficiais.
Apenas os moradores da cidade podem entrar. A circulação de veículos está proibida no centro e as ruas são patrulhadas incessantemente por soldados iraquianos.
Dhia al Musaui, porta-voz de Hassani, declarou que alguns seguidores procedentes de Hilla e Basra se deslocarão para Karbala.
"Queremos segurança para o país e pedimos a libertação das pessoas detidas. Queremos um diálogo", disse.
A violência também fez vítimas em outras regiões do Iraque. Dois irmãos foram assassinados no centro de Baquba (60 km ao norte de Bagdá), assim como um antigo membro do Partido Baath (movimento de Saddam Hussein) em Amara.
Um fotógrafo foi morto por um grupo de homens armados em Samarra e um líder tribal em Basra.
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