Repórter seqüestrado temeu morrer como Tim Lopes
Portanova disse que, no início, os seqüestradores pareciam tranqüilos e disseram que não iam machucá-lo. "(Eles estavam) sempre tranqüilos, sempre dizendo que não iam me agredir, mas que as exigências deveriam ser cumpridas", disse o repórter à Folha de S.Paulo.
No entanto, segundo Portanova, ele ficou intimidado com o fato de estar com um capuz na cabeça, amarrado e em um local desconhecido. O jornalista disse que começou a se preocupar quando os bandidos começaram a falar sobre a história de Tim Lopes. "Eu tive medo que pudesse ser torturado, sofrer algum tipo de morte violenta, como ser queimado ou enterrado vivo", afirmou.
O repórter afirmou ainda que chegou a negociar a sua morte com os criminosos, com medo de que sofresse uma morte lenta. "Eu disse: quero que minha morte seja feita com capuz na cabeça e uma bala só", contou Portanova. "Não foi por heroísmo, foi por pânico com a imagem do Tim Lopes... eu precisava de alguma garantia de que não fosse sofrer", revelou.
Cativeiro De acordo com Portanova, em um dos três cativeiros em que foi mantido pelos bandidos, os criminosos foram assustados por um macaco. Enquanto o repórter era mantido amarrado em uma árvore, os criminosos, ao ouvirem barulhos vindos da mata, entraram em pânico, achando que era a polícia. Depois, descobriram tratar-se de um macaco.
Pelo tempo gasto para chegar ao cativeiro e pelo último sinal emitido pelo rádio usado por Portanova, recebido por uma antena na divisa entre São Paulo e Diadema (ABC), a polícia tenta localizar um dos cativeiros perto do zoológico da cidade e também do parque do Estado.
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