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Nacional
Quarta - 16 de Agosto de 2006 às 05:29

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O Metrô de São Paulo deve aumentar a tarifa cobrada dos passageiros de R$ 2,10 para R$ 2,30. A elevação do valor já está sendo negociada, mas a definição só deve sair após as eleições, de acordo com a Folha de S.Paulo.

Ontem, o metrô fez uma paralisação que provocou caos na capital, deixando 2,8 milhões de passageiros sem transporte e causando congestionamento recorde na cidade. A greve foi um protesto contra a concessão da Linha 4 do Metrô, por meio de um contrato de Parceria Público-Privada (PPP), a um consórcio de empresas privadas.

A solicitação de reajuste na tarifa é considerada urgente pela direção do Metrô, que já expôs a situação ao governador do Estado, Cláudio Lembo (PFL). O aumento deve reflexos também no reajuste do bilhete único integrado com os ônibus.

De acordo com o presidente do Metrô, Luiz Carlos Frayze David, pelas regras contratuais, a empresa que vai gerenciar a concessão da linha 4 teria hoje, em valores atualizados, direito a uma remuneração de R$ 2,23 por passageiro.

Questionado sobre como bancar a diferença, já que os usuários pagam R$ 2,10, David alegou haver defasagem no preço cobrado hoje e acrescentou que a última alta se deu em janeiro de 2005.

Segundo David, os custos para a operação subiram no intervalo de um ano e oito meses. Além de a tarifa não ter crescido nesse período, ainda houve a integração do bilhete único dos ônibus, para a qual há necessidade de subsídios superiores a R$ 200 milhões por ano. "Se não existe reajuste da tarifa, alguém tem que pagar", disse.

No entanto, o presidente do Metrô acredita que o reajuste só virá depois das eleições. "Não vamos ser hipócritas, é difícil conseguir um reajuste da tarifa às vésperas da eleição. Eu até entendo isso", afirmou ele.




Fonte: Terra

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