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Internacional
Terça - 15 de Agosto de 2006 às 23:45

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O Conselho de Segurança da ONU renovou na terça-feira por mais seis meses a presença da missão de paz da entidade no Haiti. A força manterá seu tamanho atual e a missão de combater a violência e restaurar a estabilidade no país caribenho. Uma resolução redigida pela Argentina e adotada por unanimidade pelos 15 países do Conselho autorizou o deslocamento de até 7.200 soldados e 1.951 policiais, números que grosso modo se enquadram nas recomendações feitas pelo secretário-geral Kofi Annan.

Mas Annan propusera uma prorrogação de 12 meses do mandato da missão, enquanto os EUA insistiam em apenas seis meses, segundo diplomatas. Sem a votação, o mandato teria expirado à meia-noite de terça-feira.

Annan, que esteve este mês no Haiti, argumentava que levaria pelo menos um ano para que as instituições haitianas, inclusive a Justiça, melhorassem. Para que houvesse acordo, a resolução declara "a intenção de renovar (a missão) por novos períodos".

O Conselho anteriormente impusera um teto de 7.500 soldados e 1.897 policiais para a força da ONU. A resolução prevê também o envio de 16 autoridades carcerárias para melhorar as prisões do Haiti.

A missão começou em 2004, com comando do Brasil, para estabilizar o Haiti depois da rebelião que levou à fuga do presidente Jean-Bertrand Aristide. Depois da posse do novo presidente eleito, René Préval, em maio, o nível de violência caiu, mas voltou a aumentar em julho, disse Annan em relatório enviado neste mês ao Conselho.

O tráfico de armas e drogas, a violência das gangues e os sequestros devem continuar sendo um problema por algum tempo, exigindo uma contínua ajuda internacional, segundo o relatório.

Annan disse que missões anteriores de ajuda ao Haiti fracassaram porque terminaram antes que as reformas se consolidassem.





Fonte: Reuters

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