Consumo de café torrado e moído cresce 2,93%
Essa marca representa 13% de todo o consumo mundial de café e 51% do que todos os países produtores do grão consomem em conjunto (cerca de 31 milhões de sacas/ano). Por sua vez o consumo per capita cresceu 2,7%, atingindo 4,22 kg de café em pó torrado e moído por habitante/ano.
Os fatores que explicam o crescimento de 2,93% do consumo de café no Brasil, num ritmo superior à média mundial que é de 1,5% ao ano, estão ligados não somente ao aumento do poder de compra da população, mas também à melhora da qualidade do produto e às diversas ações de promoção, como o estímulo aos cafés diferenciados e de alta qualidade e às novas categorias de produtos definidas pelo Programa de Qualidade do Café (PQC), que passaram a ser identificadas pelos Símbolos de Qualidade Tradicional, Superior e Gourmet.
"Campanhas institucionais patrocinadas pela ABIC, por outras organizações e pelo Ministério da Agricultura por intermédio do Conselho Deliberativo de Política Cafeeira (CDPC), e o maior investimento em marketing pelas empresas, completam um cenário de sustentação do consumo de café", avalia Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da ABIC.
Soma-se a essas ações um fundo de R$ 650 mil que as indústrias associadas à ABIC criaram para custear projetos, atividades e materiais promocionais, publicitários e educacionais para o café. Dentre essas ações está o programa Café e Saúde, que tem alcançado grande repercussão nos meios acadêmicos e médicos e que está desmistificando preconceitos contra a bebida, induzindo o consumo e atraindo novos consumidores. Dados recentes indicam que na comunidade médica aumentou em 38% a percepção de que o café pode ser benéfico para a saúde.
De acordo com Nathan Herszkowicz, o levantamento da ABIC considera algumas hipóteses conservadoras, e se baseia quase integralmente no aumento declarado pelas 453 empresas associadas, que respondem por 74% do café industrializado torrado/moído no país. A entidade mantém, para 2006, a previsão de um consumo de 16,5 milhões de sacas, dentro da meta de longo prazo que pretende alcançar 21 milhões de sacas em 2010.
Já as vendas do setor em 2006 estão sendo revisadas pela ABIC para R$ 4,98 bilhões, por conta da expectativa do aumento do volume de vendas em 2006 em relação a 2005.
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