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Polícia Brasil
Terça - 15 de Agosto de 2006 às 15:18

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O Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) cumpriu, ontem, a prisão preventiva de mais duas pessoas acusadas de integrarem uma das quadrilhas especializadas em roubo de cargas, desmanteladas durante a Operação Comboio, deflagrada em 30 de julho. Aparecida Pereira de Moraes, a Tina, 28 anos, e o irmão dela, Aparecido Pereira de Moraes, o Maninho, 25 anos, estavam escondidos no Paraguai e se entregaram à polícia, em Curitiba.

"Agora procuramos mais oito pessoas, para completarmos os 32 mandados de prisão expedidos pela Justiça. Entre os procurados está Claudiomir José da Silveira, conhecido como 'Mano', que liderava todas essas quadrilhas", afirmou o delegado Sérgio Inácio Sirino, coordenador do Nurce no Paraná.

Na segunda-feira, por volta de 16h30, Aparecida e o irmão dela, Moraes, entregaram-se em Curitiba, vindos diretamente do Paraguai, onde estavam escondidos. Moraes não tinha mandado de prisão por roubo de cargas, mas será indiciado por participação no esquema e já tinha três mandados de prisão preventiva em aberto, anteriores às últimas investigações. "A advogada dos irmãos intermediou a conversa conosco para que eles se entregassem à polícia, já que Aparecida está grávida e achou mais seguro se entregar", relatou Sirino.

A garota é casada com Ronivaldo Pires Ferreira, preso em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, na última quinta-feira, por uma equipe do Nurce de Curitiba.

No dia 30 de julho, quando foi deflagrada a Operação Comboio, Aparecida e seu irmão Moraes eram um dos "alvos" da polícia, em Araucária, juntamente com Ronivaldo Pires Ferreira, mas eles conseguiram fugir para o Paraguai. Os três são acusados de participar da quadrilha de roubo de cargas liderada por Leandro Rodrigues, conhecido como "Preto", que ainda está foragido. "O grupo é investigado no envolvimento de pelo menos 11 roubos de caminhões, num valor total estimado de R$ 3 milhões", concluiu o delegado. Aparecida será indiciada por formação de quadrilha e roubo, e está presa no 9.º Distrito Policial, na capital. Moraes também será indiciado por envolvimento com a quadrilha de roubo de cargas. Ele já tem três mandados de prisão por crimes como furto e roubo. ¿Um deles é pelo envolvimento na morte do carcereiro Hildo de Oliveira Pinto, na cadeia pública de Assis Chateaubriand, há cerca de três anos¿, relatou Sirino. Moraes será encaminhado para o Centro de Triagem 2, em Piraquara. Operação Comboio ¿ A operação Comboio pôs fim a quatro quadrilhas especializadas em roubo de cargas e que agiam em vários Estados do país. No domingo (30), quando começou o trabalho policial, 21 mandados de prisão foram cumpridos, dos 32 expedidos pelas Comarcas de Catanduvas e Francisco Beltrão. Policiais civis do Nurce, Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e das delegacias de Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Toledo, Campo Mourão e Maringá dividiram-se em várias equipes para cumprir os mandados. As ações aconteceram simultaneamente nas cidades de Cascavel, Toledo, Guaíra, Maringá, Londrina, Campo Mourão, São Jorge do Ivaí, Curitiba, Araucária, Santa Izabel do Oeste, Barracão e ainda em Novo Mundo, no Mato Grosso do Sul. Das cinco organizações especializadas em roubo de cargas e caminhões que estavam sendo investigadas pelo Nurce, quatro foram desmanteladas na operação. Os bandidos agiam no Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Santa Catarina. Elas roubavam cargas e caminhões e mantinham os motoristas reféns até que tudo fosse entregue para Claudiomir José da Silveira, o ¿Mano¿, um brasileiro que comandava todo o esquema morando em Salto Del Guairá, no Paraguai. A polícia estima que, apenas nos 26 roubos já elucidados, os bandidos tenham lucrado mais de R$ 6 milhões.





Fonte: Terra

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