Educadores deflagram greve; ano letivo não inicia em Várzea Grande
De acordo com o presidente do Sintep, subsede de Várzea Grande, Gilmar Ferreira, o prefeito Walace assinou um termo de compromisso, no qual se comprometia em anunciar um calendário de pagamento logo após quitar os vencimentos de dezembro. Até agora, no entanto, nada foi repassado aos profissionais, que ainda não receberam os salários de janeiro, um terço de férias e alguns até mesmo, o 13º salário.
A omissão do Paço Couto Magalhães, segundo Gilmar, gera uma insegurança muito grande na classe, que não tem dinheiro nem mesmo para o transporte coletivo. “A situação faz com que seja um sacrifício para o profissional ficar na escola, sem dinheiro para se manter. A greve é uma dificuldade para os alunos e pais, mas também é para o professor, que depois precisa repor as aulas perdidas. É dramático”, lamento.
O sindicalista argumenta ainda que R$ 3,6 milhões em recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) já foram depositados na conta da prefeitura, além dos recursos próprios. Dessa forma, como a folha de pagamento da categoria é de R$ 4,5 milhões, já daria para o município arcar com as despesas dos cerca de 2 mil trabalhadores.
A condição dos educadores se complica ainda mais quando levada em conta o valor do salário. Conforme Gilmar, hoje um professor do ensino médio recebe apenas R$ 906 por mês, enquanto na rede estadual o vencimento é de R$ 1.452, pela mesma jornada de trabalho. Dessa forma, ele pontua que também é necessário um reenquadramento da categoria no Plano de Cargos, Carreiras e Salário e o reajuste do piso. “Mas as exigências precisam ser feitas em separado. Se não ficaríamos em greve permanente”, ponderou.
Como foi declarada assembléia permanente, assim que houver uma proposta por parte da prefeitura, os profissionais podem deliberar pelo fim da paralisação. A reportagem tentou entrar em contato com Walace e com os secretários Jonas da Silva (Educação) e Eduardo Ferreira (Comunicação), mas nenhum deles atendeu ou retornou às ligações.
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