Acnur aponta problemas para levar ajuda às vítimas no Sri Lanka
"A liberdade de movimento está severamente restrita, o que nos impede de levar a ajuda que as vítimas da violência tanto precisam", afirmou em Genebra a porta-voz do órgão, Jennifer Pagonis, acrescentando que milhares de civis continuam fugindo dos combates.
A morte de 50 meninas em um suposto bombardeio das Forças Aéreas cingalesas e a explosão de uma bomba em Colombo, ocorridos entre ontem e hoje, foram os mais recentes episódios da violência no Sri Lanka.
A violência provocou uma onda de deslocamentos forçados e, desde abril passado, o Acnur registrou mais de 128 mil pessoas nessa situação, incluindo cerca de 50 mil que fugiram de Muttur (leste do país), onde recentemente 17 funcionários de uma ONG francesa foram assassinados.
Ajuda
No entanto, a agência humanitária calcula que cerca de 15 mil pessoas "permanecem presas" nessa localidade.
Pagonis também disse que, devido aos toques de recolher, os civis da localidade de Jaffna, no norte do país e outro palco de maior violência, não conseguiram ir para áreas mais seguras, e só conseguiram se afastar do litoral "para evitar o pior dos combates".
Uma equipe formada por analistas do Acnur e de outras agências da ONU fará uma avaliação das necessidades em Jaffna e determinará que tipo de ajuda seus habitantes precisam.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) condenou o atentado que matou 50 meninas no distrito de Mullaitivu.
"Fazemos uma chamada a todas as partes [em conflito] para que respeitem o direito internacional humanitário e garantam que as crianças e os lugares onde vivem, estudam e brincam estão protegidos de danos", segundo declaração escrita da diretora-executiva desse órgão, Ann Veneman.
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