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Educação/Vestibular
Terça - 15 de Agosto de 2006 às 09:33

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Alunos de cursos que tiveram conceito máximo no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) não acertaram nem metade das questões da prova. Segundo levantamento feito jornal Estado de São Paulo, instituições conceituadas que tiveram médias em torno de 45, numa escala de 0 a 100, receberam o conceito 5, o mais alto. A distorção, que também acontecia no Provão, ocorre porque o Enade ordena os melhores e os piores a partir do desempenho do grupo, sem determinar previamente a que nível o estudante deveria chegar para receber o maior conceito.

Entre os cursos com conceito 5 no Enade, uma das mais baixas notas é a dos formandos de Engenharia de Telecomunicações da Universidade de Brasília (UnB): 42. Também chamam a atenção os desempenhos dos cursos de Biologia da Universidade Federal de Alfenas e da Pontifícia Universidade Católica de Minas (PUC-MG), com 44,9 e 45,2 de médias.

Para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (Inep/MEC) é muito difícil definir critérios do que é bom ou ruim em cursos de graduação. "Quem vai dizer o que deve saber o estudante ao fim do curso?", questiona presidente do Inep, Reynaldo Fernandes.

Especialistas e estudantes dividem opiniões para justificar o baixo desempenho de alguns cursos e instituições. Para o educador Carlos Henrique Araújo, ex-presidente do Inep e secretário-executivo da ONG Missão Criança, as notas mostram que os alunos já chegam à universidade com problemas em todas as competências.

Já o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta, aponta o descrédito dos alunos com a avaliação. "Eles acreditam que o exame não prova nada e não se esforçam para ter um bom desempenho", afirma.





Fonte: Terra

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