Policiais britânicos interrogarão suspeitos no Paquistão
Os detetives estão particularmente interessados em Rashid Rauf, que se identificou como o irmão de Tayib Rauf, 22, detido na quinta-feira passada (10) em Birmingham (centro da Inglaterra).
As autoridades paquistanesas têm sob custódia 17 pessoas supostamente vinculadas a uma conspiração terrorista para explodir no ar até dez aviões com destino aos Estados Unidos.
Paralelamente, a polícia britânica continua interrogando em delegacias londrinas 23 suspeitos ligados a esse suposto complô, desarticulado pela polícia há cinco dias.
O Banco da Inglaterra congelou as contas bancárias dos detidos, todos britânicos de entre 17 e 35 anos, a maioria de origem paquistanesa.
As autoridades têm até esta quarta-feira para interrogar os suspeitos, embora, em virtude das novas leis antiterroristas, possam pedir um prazo de até 28 dias antes de decidir se os acusam de algum delito ou se os libertam.
Investigação
Além disso, continua hoje a revista de um bosque da localidade de High Wycombe, condado de Buckinghamshire (sudeste da Inglaterra), na busca de provas relacionadas aos detidos.
A polícia informou na quinta-feira passada que, após vários meses de investigação, dentro da operação chamada Overt, tinha abortado uma trama com ramificações internacionais para fazer explodir vários vôos transatlânticos com origem no Reino Unido.
As autoridades americanas, vinculadas à investigação, deram mais detalhes ao informar que se travavam de explosivos líquidos que seriam explodidos com detonadores camuflados em celulares ou aparelhos iPod, introduzidos a bordo na bagagem de mão.
Embora a Scotland Yard (polícia federal britânica) não tenha confirmado tais informações, impôs-se nos aeroportos britânicos a proibição de levar líquidos, pastas ou géis na bagagem de mão, cujas dimensões foram reduzidas.
As autoridades americanas insinuaram que o suposto complô podia ser obra da rede terrorista Al Qaeda (de Osama bin Laden) e advertiram que poderia haver até cinco outros suspeitos soltos no Reino Unido.
Comentários