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Internacional
Terça - 15 de Agosto de 2006 às 08:22

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Um navio-tanque que partiu do Oriente Médio com destino ao Japão derramou cerca de 4.500 toneladas de petróleo no leste do Oceano Índico, afirmou na terça-feira a empresa Mitsui O.S.K. Lines Ltd., proprietária da embarcação.

O vazamento provocado pelo navio Bright Artemis na tarde de segunda-feira atingiu uma área localizada 470 quilômetros a oeste da ilha indiana Grande Nicobar.

A embarcação, de bandeira de Cingapura, dotada de casco simples e com capacidade para transportar 260.000 toneladas do combustível, levava cerca de 250.000 toneladas de petróleo cru vindo do porto de Mina al Fahal, em Omã, e de Ras Tanura, na Arábia Saudita, disse a Mitsui em um comunicado.

O navio-tanque sofreu danos em seu casco ao chocar-se com uma outra embarcação em chamas da qual se aproximou para resgatar os tripulantes.

Segundo a Mitsui, o vazamento foi contido e não há risco de se repetir. O impacto ambiental do acidente deve ser limitado porque a mancha de petróleo formou-se longe de terra firme, afirmou a empresa. Não há planos para uma operação de limpeza, já que o material deve se dispersar naturalmente no mar.

Navios da Guarda Costeira da Índia foram colocados em alerta, mas autoridades disseram que, como o vazamento aconteceu fora da zona econômica exclusiva do país, não se esperava que as águas indianas fossem contaminadas.

"Esperamos que o petróleo se desintegre em alto-mar, mas estamos acompanhando a situação de perto", afirmou à Reuters, por telefone, S.P. Sharma, importante autoridade da Guarda Costeira da Índia.

A ilha de Grande Nicobar é a que fica mais ao sul da cadeia de ilhas de Andaman e Nicobar.

Um porta-voz da Mitsui disse que o motor do navio-tanque não havia sofrido danos e que a embarcação continuava dirigindo-se para leste, carregando o petróleo restante.

Segundo o porta-voz, o navio-tanque deve parar em um porto para realizar reparos em seus tanques danificados. Não foi informado qual porto receberia a embarcação ou por quanto tempo ela ficaria parada para a operação de conserto.

O comprador do petróleo era a empresa Cosmo Oil Co., a quarta maior refinaria de petróleo do Japão. O navio deveria entregar a carga em Chiba, perto de Tóquio.

O porta-voz da Mitsui afirmou que a empresa ainda não sabia se seria capaz de entregar a carga ao comprador.





Fonte: Reuters

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