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Internacional
Terça - 15 de Agosto de 2006 às 03:09

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A província indonésia de Aceh lembra hoje, entre o otimismo e a incerteza, o primeiro aniversário da assinatura do acordo de paz que acabou com 29 anos de conflito armado separatista.

O pacto assinado há um ano pelo Governo indonésio e pelos líderes rebeldes do Movimento para a Libertação de Aceh (GAM, sigla de Gerakan Aceh Merdeka) melhorou a situação da província indonésia situada no extremo norte da ilha de Sumatra.

Também contribuem para o desenvolvimento de Aceh as centenas de milhões de dólares investidos na reconstrução da região após o devastador tsunami de 26 de dezembro de 2004, quando quase 130 mil pessoas morreram sob as ondas gigantes provocadas por um tremor de 9 graus de intensidade.

O tsunami foi fundamental para o reatamento das conversas entre o Governo indonésio e a guerrilha após um ano e meio de violentos confrontos, que deixaram mais de 5 mil mortos.

Como parte do Memorando de Entendimento, os rebeldes entregaram todas as suas armas e o Exército retirou 35 mil soldados. O fim das hostilidades levou a uma liberdade nunca vista ao longo de quase três décadas.

No entanto, o presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, lembrou ontem que resta muito por fazer para garantir a consolidação da paz.

"Nosso desafio agora é que esta paz duramente conseguida se torne uma paz permanente", informou Yudhoyono, ontem, em Jacarta, diante de um público que incluía o ex-governante finlandês e mediador do processo de paz, Martti Ahtasaari, e o ex-primeiro-ministro do GAM, Malik Mahmud.

Entre os principais desafios futuros está a inserção dos cerca de 3 mil rebeldes que desceram das montanhas e voltaram às aldeias de onde fugiram há anos e a aplicação da Lei do Governo de Aceh, criticada pelos representantes rebeldes.





Fonte: EFE

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