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Nacional
Terça - 15 de Agosto de 2006 às 01:15

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No primeiro debate entre os candidatos à Presidência, com ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, os presidenciáveis enfocaram a questão da segurança pública. Ao trazerem suas propostas, a política federal do governo Lula e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governo do Estado de São Paulo não escaparam de críticas da maioria.

Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu atacar a questão da segurança com o combate à entrada de armas e drogas na fronteira, onde teria ocorrido omissão do governo federal. O tucano não respondeu diretamente às críticas feitas por Heloísa Helena contra a política do PSDB na área e preferiu defender sua atuação à frente do governo de São Paulo. "Meu governo foi o primeiro a fazer uma penitenciária de segurança máxima.

Reduzimos sim os crimes, latrocínio caiu, estupro caiu. Tiramos 90 mil criminosos da rua. A polícia mais bem equipada e não temos medo do crime organizado", disse. Alckmin ainda defendeu uma mudança na legislação federal para endurecer no combate ao crime organizado.

No assunto, Heloísa Helena se destacou nas críticas duras. A candidata falou mais de uma vez na "irresponsabilidade e demagogia eleitoral entre o PSDB e o PT" ao tratar da questão. "O problema do sistema prisional em SP é responsabilidade do PSDB do PT", reafirmou. A senadora do Psol afirmou que investirá em políticas sociais, pois acredita que elas diminuem riscos de "filhos da pobreza irem para o crime".

Cristovam Buarque (PDT) usou sua principal bandeira de campanha, a educação, como resposta para os problemas relacionados à violência. "A violência tem a ver com a falta de educação. Para mim, a prioridade é a educação. Esses problemas todos não serão resolvidos com pequenos consertos", criticou. Cristovam ainda disse que a violência está "embrutecendo", fazendo esquecer de assuntos como o controle da Amazônia.

José Maria Eymael (PSDC) defendeu a ressocialização dos presos nos presídios. Ele citou três propostas principais para o assunto: a criação de um ministério de segurança nacional, revisão do sistema prisional e realização imediata de um plano de segurança nacional "Trabalho resgata cidadania. Estamos estudando a possibilidade de privatização dos presídios", concluiu. Ele ainda sugeriu uma política habitacional para proteger as famílias de policiais.

Privatização dos presídios também foi proposta pelo candidato Luciano Bivar (PSL), que acredita na modernização das instituições para garantir maior segurança. O candidato foi quem menos citou a questão da segurança.

Reforma tributária

A questão tributária foi enfocada principalmente por Alckmin e Bivar, que defende a criação de um imposto único. O tucano prometeu aprovar, em janeiro, após reforma política, a reforma tributária para reduzir impostos. Alckmin também criticou a carga de tributos trabalhistas que estariam, segundo ele, contribuindo para o trabalho informal. ¿Baixei impostos em São Paulo e não caiu a arrecadação¿, disse.

Bivar defendeu que a redução dos tributos traria 1 milhão de pessoas para o trabalho formal. Com uma possível diminuição da arrecadação de impostos, os candidatos foram unânimes em defender enxugamento e eficácia da máquina pública.

Enquanto Bivar defendeu a eliminação dos cargos de confiança no governo brasileiro, que teria um dos mais altos números, Heloísa Helena reiterou que o gasto com o funcionalismo é insignificante diante da quantidade de serviços que precisam ser ouvidos.

Ela e Alckmin defenderam a queda da taxa de juros, um dos pontos fracos da economia do governo Lula. O tucano afirmou que conseguirá o benefício cortando gastos e melhorando a qualidade dos gastos públicos. Heloísa Helena disse que não precisará reduzir os juros por veto e criticou a política do Copom (Comitê de Política Monetária do BC), que, segundo ela, obtaculiza o crescimento.

Para Eymael, sem reforma tributária, o País não pode crescer e defendeu também compromisso com o contribuinte. ¿Não acho que a taxa de juros seja meu maior compromisso. Meu compromisso é zerar a taxa de analfabetismo. Se for preciso tirar dinheiro do orçamento para isso, a gente tira¿, disse Cristovam Buarque sobre o assunto.

Educação

O tema foi o assunto preferido por Cristovam Buarque, que defendeu a volta da Bolsa Escola e a criação de uma poupança escola para os estudantes do ensino básico e médio. O senador do PDT defendeu a federalização do ensino desde os primeiros anos, no que foi acompanhada pela candidata do Psol.




Fonte: EFE

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