BA: Wagner afirma que Estado precisa "fazer sua parte"
"A Bahia é conhecida como exportadora de doentes, muitos pacientes vão para outros Estados para serem atendidos", declarou Wagner, que prometeu integrar o Samu (serviço de emergência 24 horas) aos municípios, numa espécie de consórcio. Além disso, haveria convênio com o governo federal para a ampliação do programa de farmácias populares.
Os telespectadores fizeram questões relacionadas ao transporte e à geração de empregos. Na resposta de ambas, Wagner afirmou que o Estado vem recebendo ajuda do governo federal, mas que precisa "fazer a sua parte" e investir mais e por conta própria na criação de oportunidades.
Para Wagner, o governo federal é responsável por aproximadamente cinco mil quilômetros de estradas, enquanto que o estadual tem sob sua responsabilidade cerca de 10 mil quilômetros. As estradas, afirmou o candidato, estariam sobrecarregadas e quase todo o transporte seria feito pelas rodovias, uma vez que a malha ferroviária estaria destruída. Afirmou que não gostaria de procurar culpados pela atual situação, mas lembrou que o governo Estadual recebeu mais de mil quilômetros de estrada recuperadas e R$ 180 milhões para ficar responsável pela manutenção. "A manutenção não foi feita", disse.
Sobre a antiga reivindicação dos moradores da região de Barreiras para ampliação do aeroporto, o petista prometeu levar a proposta a Brasília, se eleito, "o quanto antes".
Qualificação O telespectador do jornal quis saber quais as propostas de Wagner para melhorar a oferta de trabalho para os jovens da região. O candidato respondeu que sentia orgulhoso de ter gerado 4,2 milhões de empregos com carteira assinada - 200 mil na Bahia ¿ enquanto ministro do Trabalho, mas afirmou que a chave para problemas como este estaria em investir na educação.
"Para ter mais trabalho é preciso uma boa qualificação profissional e melhorar o nível de ensino baiano", afirmou, posicionando o Estado como sexta maior economia do País, mas também como a sexta pior em educação, segundo avaliação do governo federal.
Wagner não escapou do tema corrupção. Questionado sobre como as denúncias que envolvem o governo petista poderiam afetar a campanha estadual, afirmou estar "muito a vontade sobre este tema" e lembrou que quando ministro teria detectado a corrupção na Delegacia Regional do Trabalho e solicitado à Polícia Federal uma investigação, resultando na prisão de vários envolvidos. Além disso, afirmou ter saído ileso do período de crise no governo Lula, enquanto ocupava a pasta das Relações Institucionais.
"Tenho minha vida aberta como deputado e ministro e tenho certeza que neste campo não terei nenhum prejuízo", finalizou Wagner.
A ordem das entrevistas dos candidatos foi definida por sorteio. Amanhã é a vez da candidata Teresa Serra (Prona).
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