Petróleo recua com início de cessar-fogo no Oriente Médio
O cessar-fogo, aprovado por ambos os lados, faz parte da resolução 1.701 da ONU (Organização das Nações Unidas) --adotada por unanimidade pelo Conselho de Segurança (CS) na última sexta-feira (12). A interrupção da violência também permite que agências humanitárias possam agir mais efetivamente na região.
Também favoreceu o ânimo dos investidores a notícia de que a British Petroleum manterá sua produção em uma parte de seu campo petrolífero na baía de Prudhoe, no Alasca, enquanto realiza os trabalhos de substituição de canais de transporte de petróleo que apresentaram corrosão e vazamentos.
Às 9h21 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em setembro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, estava cotado a US$ 73,27, baixa de 1,45%.
O conflito entre Israel e o Hizbollah foi a principal razão para o petróleo ter atingido o recorde de US$ 74,80 há um mês --dois dias depois de iniciado o conflito. O temor dos investidores era que o Irã, segundo maior exportador da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), pudesse acabar envolvido no conflito.
O Irã é considerado, junto à Síria, o principal apoio do Hizbollah.
Nigéria.
Um fator que também exerce contínua pressão sobre as cotações do petróleo é a situação da segurança das instalações petrolíferas na Nigéria. Três filipinos foram libertados nesta segunda-feira, depois de terem sido mantidos como reféns no sul do país. Os três trabalham para a empreiteira americana do setor petrolífero Michael Baker e haviam sido seqüestrados há mais de 10 dias.
Ontem, no entanto, houve tiroteios em ao menos três localidades de Port Harcourt, no sul do país.
Ataques de grupos de homens armados se tornaram freqüentes na Nigéria desde o ano passado. Os grupos, em geral formados por moradores de vilarejos próximos a instalações petrolíferas, exigem das empresas maior participação nos royalties pagos pela exploração de petróleo.
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