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Esportes
Segunda - 14 de Agosto de 2006 às 08:11

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É uma seleção brasileira de menos peso, literalmente falando. O grupo que se apresenta nesta segunda-feira, em Oslo, para o amistoso com a Noruega nesta quarta-feira, tem jogadores ofensivos que nada lembram o estilo pesadão da turma que fracassou na Copa da Alemanha.

Com novatos que ainda não realizaram o sonho europeu, ou estão lá há pouco tempo, o Brasil de Dunga tem um turma de magricelas quando comparados a Ronaldo, o dono do maior IMC (índice de massa corporal) da Copa-06, e ao resto do "quarteto mágico" titular.

Entre os nove meias e atacantes chamados pelo novo treinador, só dois --Fred e Júlio Baptista-- têm mais de 1,80 m. Na Alemanha, também entre nove jogadores ofensivos, cinco superavam essa marca.

Todos os titulares do quarteto --Ronaldinho, Kaká, Adriano e Ronaldo-- superavam os 80 kg. Tanto que o Brasil tinha o setor ofensivo com o maior IMC médio entre as grandes seleções do Mundial. Na lista de Dunga, os corpos roliços dão lugar a gente pouco musculosa. Isso a começar por quem ainda joga no futebol brasileiro.

O meia-atacante cruzeirense Wagner espalha por seu 1,75 m de altura apenas 65 kg. O vascaíno Morais tem 1,70 m e 64 kg. Atletas que já estão na Europa, mas ainda não ganharam muita massa, também foram lembrados por Dunga, como os ex-santistas Elano e Robinho, ambos com menos de 70 kg.

"É coincidência, não foi planejado. Mas também temos jogadores de força, como o Daniel Carvalho", diz Paulo Paixão, o novo chefe da preparação física da seleção e que também faz esse trabalho no Internacional.

Carvalho, outro novato, é mais encorpado (1,80 m e 80 kg), mas ainda assim é mais baixo e leve que qualquer dos titulares do "quadrado mágico".

Para Paixão, que era auxiliar de Moraci Sant'Anna na Alemanha, os corpos franzinos, pelo menos por enquanto, não são uma desvantagem para o trabalho de Dunga.

"Como esta é uma convocação curta, essa questão não tem tanta importância", disse ele, que detalha como vai ser seu trabalho quando o time se reunir por muitos dias seguidos.

"Nas convocações para competições, trabalhamos os jogadores mais fortes para ter mais velocidade. A gente sempre gosta de jogar com velocidade, e eles podem fazer isso. No caso dos mais leves, são muitos detalhes, a situação é muito individual. Você tem que pegar e ver qual parte da musculatura ele precisa desenvolver mais, mas só quando você tem tempo para trabalhar", explica Paixão.

Alguns clubes europeus, como o Real Madrid de Robinho, já planejam um trabalho de fortalecimento de seus jogadores brasileiros recém-chegados.

Para o primeiro amistoso da era Dunga, a seleção vai chegar a Olso em diferentes grupos. Hoje, não haverá treino. A única atividade antes do amistoso acontece nesta terça, no estádio que vai abrigar a partida.





Fonte: Folha de S. Paulo

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