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Nacional
Segunda - 14 de Agosto de 2006 às 06:31

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Os dois candidatos a governador que lideram as pesquisas de intenção de voto no Rio de Janeiro, senadores Sérgio Cabral Filho (PMDB) e Marcelo Crivella (PRB), faltaram a mais de 50% das votações no Senado neste ano, de acordo com levantamento feito pela Folha de S.Paulo.

Cabral faltou a 52% das sessões e Crivella, a 86,4% - 70 de 81 sessões. A deputada federal e também candidata Denise Frossard (PPS), que aparece em terceiro lugar nas pesquisas sobre a disputa ao governo do Estado, esteve ausente em 6,5% das deliberações da Câmara em 2006.

Somando todas as faltas desde 2003, Sérgio Cabral não esteve no plenário em mais de um terço das votações (35,8%), o que corresponde a 178 faltas. Já Marcelo Crivella, desde que foi eleito para este mandato, não compareceu a 286 votações, o que corresponde a 54% do total

Líder na pesquisa Datafolha, com 42% das intenções de voto no Estado e possibilidade de vencer no primeiro turno, Cabral não vota no Senado desde 22 de março. Das 50 deliberações neste ano até sua licença eleitoral, ele participou de apenas 24 e se ausentou em 26.

O senador do PMDB, porém, está fora da Casa desde 10 de julho, quando se licenciou para fazer campanha eleitoral. As ausências a partir de então não foram contabilizadas pela Folha, apesar de constarem do site do Senado (www.senado.gov.br).

Neste ano, Cabral só fez um discurso, aquele para parabenizar a iniciativa de um senador de dar título de professor honoris causa da Universidade do Legislativo ao colega Ramez Tebet (PMDB-MS).

Eleitos em 2002 com 4,18 milhões e 3,24 milhões de votos, respectivamente, Cabral e Crivella recebem R$ 12.720 mensais para atuar na Casa. O secretário da Mesa Diretora do Senado, Raimundo Carrero, disse que não poderia passar informações sobre as ausências e abonos de faltas dos senadores sem autorização deles.

A assessoria do senador Sérgio Cabral disse inicialmente que os números da página do Senado não conferiam com os dele. Posteriormente, afirmou que o senador participa "qualitativamente" das votações, estando sempre presente nas "mais importantes", de acordo com a Folha.

Crivella, por sua vez, afirmou que foi presidente da CPI da Emigração Ilegal entre o fim de 2004 e julho deste ano. Por isso, segundo ele, viajou muito ao exterior, e todas as suas faltas foram justificadas. Sua assessoria, entretanto, confirmou os dados e detalhou as ausências. Desde 2005, 83 faltas não foram oficialmente justificadas.

A candidata Denise Frossard disse que faltou a nove votações em 2005 por licença médica -operou duas vezes um dos braços - e em outra ocasião estava na Casa, mas se distraiu e perdeu a votação. Ela criticou os rivais pelas ausências. "Quem tem de julgar isso são os eleitores", afirmou.




Fonte: Terra

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