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Internacional
Domingo - 13 de Agosto de 2006 às 16:17

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Aproveitando a celebração de seus 80 anos de idade, Fidel Castro calou hoje os rumores sobre seu estado de saúde ao divulgar as primeiras fotos após sua operação e uma mensagem na qual afirma que está melhorando, embora tenha falado da possibilidade de surgirem "notícias adversas".

"Não é mentira dizer que a estabilidade objetiva melhorou consideravelmente. No entanto, seria absolutamente incorreto afirmar que o período de recuperação durará pouco e que não existe mais qualquer risco", diz a mensagem de Fidel divulgada pelo jornal oficial "Juventud Rebelde".

"Sugiro que todos permaneçam otimistas e que estejam sempre prontos para enfrentar qualquer notícia adversa", diz a mensagem. No texto, Fidel não menciona seu irmão Raúl, para quem delegou provisoriamente o poder no dia 31 de julho, enquanto se recupera de uma delicada cirurgia no intestino.

O líder cubano também agradece o povo de Cuba por seu "apoio carinhoso" e diz que "o país prossegue e continuará prosseguindo perfeitamente bem".

"Prometo a todos aqueles que desejaram minha saúde que lutarei por ela", afirma o presidente de Cuba. Além disso, ele diz estar "muito feliz" e que deseja "eterna glória" a seus companheiros de luta, "por resistir e vencer o império, demonstrando que um mundo melhor é possível".

O tom desta declaração acompanha o otimismo das declarações dos últimos dias de dirigentes cubanos e do "Granma", órgão oficial do Partido Comunista de Cuba, que pareciam apontar para uma rápida recuperação de Fidel.

O "Juventud Rebelde" publica quatro fotos, as primeiras do líder cubano após sua complexa intervenção cirúrgica. Nelas, o presidente de Cuba é visto sentado, vestido com uma roupa esportiva com as cores da bandeira cubana.

Em uma das imagens, Fidel aparece falando ao telefone e em outra, com uma cama ao fundo, segura um suplemento especial publicado no último sábado pelo "Granma" com o título: "Absolvido pela História".

A mensagem foi reproduzida durante toda a manhã pela imprensa oficial da ilha, que hoje amanheceu tranqüila, como nos dias anteriores.

Apesar de Fidel Castro ter pedido que os eventos organizados pela Fundação Guayasamín para celebrar seu aniversário fossem suspensos, mais de 100.000 trabalhadores do setor açucareiro, segundo a imprensa local, participam hoje de um dia de trabalho voluntário nos campos de cana, antigo motor econômico da ilha.

Ontem à noite, milhares de pessoas foram a um show organizado na Tribuna Antimperialista, em frente ao Escritório de Interesses dos EUA em Havana (Sina), em homenagem a Fidel.

Entre os presentes estavam o presidente do Parlamento de Cuba, Ricardo Alarcón, e o ministro de Cultura do país, Abel Prieto, assim como o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonzalves, e o chefe do Sina, Michael Parmley, representante do maior "inimigo" do Governo de Havana.

Um "amigo" da revolução e de Fidel, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, viajou ontem à noite para a ilha para cumprimentar seu colega cubano em seu aniversário de 80 anos, embora as autoridades locais não tenham informado oficialmente sobre sua presença no país.

O dirigente sandinista Daniel Ortega também está em Havana há dias, assim como o teólogo brasileiro Frei Betto.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, discípulo de Fidel, pretendia prestar uma homenagem particular ao governante cubano, ao inaugurar hoje na Bolívia um hospital construído com a ajuda do Governo de Havana.

Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e de Belarus, Alexander Lukashenko, também não esqueceram a data. Eles enviaram hoje mensagens de felicitações para Fidel e lhe desejaram uma pronta recuperação e longa vida.





Fonte: EFE

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