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Internacional
Sábado - 12 de Agosto de 2006 às 21:18

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Os agentes do serviço de inteligência paquistanês monitoraram telefonemas e e-mails do operário britânico da al Qaeda Rashid Rauf por algum tempo antes de prender este homem que afirmam ser uma peça principal nos planos de explodir aviões na rota entre Grã-Bretanha e Estados Unidos.

Uma autoridade de segurança paquistanesa disse no sábado que Rauf estava sendo vigiado, após o serviço secreto britânico avisar Islamabad que ele estava no Paquistão.

"Ele está aqui por um bom tempo e sob forte vigilância", disse a autoridade à Reuters, sob a condição de não ser identificada.

"Seus telefonemas para a Grã-Bretanha e sua comunicação pela Internet estavam sob a vigilância que ajudou a descobrir o plano", acrescentou.

O Paquistão anunciou na sexta-feira ter detido Rauf, que seria "pessoa-chave" no ataque frustrado.

"Ele é um cidadão britânico de origem paquistanesa. É um operário da al Qaeda com relações no Afeganistão", disse o ministro do Interior Aftab Ahmed Khan Sherpao.

Sherpao afirmou que a prisão de Rauf levou a uma onda de detenções na Grã-Bretanha, que impediram o ataque.

Não estava claro se ele teria parentesco com Tayib Rauf, um dos 24 suspeitos detidos esta semana na Grã-Bretanha.

Autoridades disseram que pelo menos mais quatro pessoas haviam sido presas em conexão com o caso, aumentando o número de detidos no Paquistão para 11.

Autoridades norte-americanas disseram que os suspeitos deveriam promover ataques simultâneos dentro de poucos dias, o que um chefe de polícia britânico chamou de "assassinatos em massa em escala inimaginável".

Acredita-se que muitos líderes da al Qaeda, incluindo Osama bin Laden e seu subchefe Ayman al-Zawahri, estejam se escondendo no Paquistão ou Afeganistão.

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, telefonou para o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, um aliado crucial dos Estados Unidos na guerra contra o terrorismo desde 2001, para agradecer a ajuda do país no caso.

Pelo menos dois muçulmanos britânicos envolvidos nos ataques a bomba no transporte de Londres, que mataram 52 pessoas em julho do ano passado, haviam visitado o Paquistão meses antes, aumentando as suspeitas de relações com militantes do país.





Fonte: Reuters

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