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Chineses vivem caos e confusão na seqüência de tufão
Lin Xianglian estava em sua cozinha encolhido de medo do mais forte tufão a atingir a China em meio século, quando ouviu um estrondo e a casa vizinha desmoronar.
"Eu não tive coragem de ir olhar o que estava acontecendo. O vento estava tão forte que eu e minha mulher estávamos segurando a porta da frente juntos para impedir que fosse empurrada para dentro. A água inundava a parte dos fundos", relembra o fazendeiro Lin, de 68 anos, bebendo chá em uma tigela de metal.
"Não podíamos fazer nada enquanto meus dois vizinhos eram enterrados vivos."
O socorro chegou a tempo de resgatá-los dos escombros com vida, mas Lin diz não ter idéia de onde seus amigos estão agora e se sobreviveram aos ferimentos.
"Ninguém nos disse nada. Ninguém veio para limpar. Parece que fomos abandonados", disse ele.
O tufão Saomai passou pelo distrito de Cangnan, onde fica a vila de Lin, no leste da província de Zhejiang, na quinta-feira, após autoridades terem retirado milhares da província densamente populosa.
O número oficial de mortos era de 105 no sábado com pelo menos 190 desaparecidos. As autoridades mobilizaram 10.000 soldados e paramilitares somente em Zhejiang, para ajudar na grande operação de limpeza.
Escavadoras começaram a limpar os escombros de mais de 50 mil casas destruídas pela tempestade, enquanto equipes de resgate davam garrafas de água, arroz e óleo. Uma dúzia de psiquiatras foram enviados para tratar dos sobreviventes, segundo a agência de notícias Xinhua.
Alguns moradores acreditam que o número de mortos pode ser bem maior. "Ouvi dizer que centenas morreram. O governo fechou vilas onde o número de mortos é muito alto para impedir que a informação seja divulgada", disse um jovem que não quis se identificar.
Em Cangnan, a água que estava à altura do joelho —com mau cheiro e misturada com lama, esgoto e óle— molhava pedestres e inundava lojas e a rua principal.
Mais de um dia após a tempestade, havia lixo sem recolher sob um calor de 30 graus Celsius.
Na vila de pescadores de Xiaguan, atingida por ventos de 216 quilômetros por hora, mais poderosos que o do tufão de 1956 que matou mais de 3.000 pessoas, uma casa explodiu lançando tijolos na rua.
Equipes de resgate descarregavam blocos de gelo para preservar corpos durante as duas horas de viagem em uma estrada estreita obstruída por árvores caídas e pedras. Pelo menos 41 moradores, incluindo oito crianças, foram mortos quando uma casa desmoronou na cidade de Jinxiang.
Em na vila de Lanping, Lin ponderava sob a luz de velas: "Eu vi o grande tufão de 1956. Este foi mais ou menos comparado àquele", disse ele.
"Eu não tive coragem de ir olhar o que estava acontecendo. O vento estava tão forte que eu e minha mulher estávamos segurando a porta da frente juntos para impedir que fosse empurrada para dentro. A água inundava a parte dos fundos", relembra o fazendeiro Lin, de 68 anos, bebendo chá em uma tigela de metal.
"Não podíamos fazer nada enquanto meus dois vizinhos eram enterrados vivos."
O socorro chegou a tempo de resgatá-los dos escombros com vida, mas Lin diz não ter idéia de onde seus amigos estão agora e se sobreviveram aos ferimentos.
"Ninguém nos disse nada. Ninguém veio para limpar. Parece que fomos abandonados", disse ele.
O tufão Saomai passou pelo distrito de Cangnan, onde fica a vila de Lin, no leste da província de Zhejiang, na quinta-feira, após autoridades terem retirado milhares da província densamente populosa.
O número oficial de mortos era de 105 no sábado com pelo menos 190 desaparecidos. As autoridades mobilizaram 10.000 soldados e paramilitares somente em Zhejiang, para ajudar na grande operação de limpeza.
Escavadoras começaram a limpar os escombros de mais de 50 mil casas destruídas pela tempestade, enquanto equipes de resgate davam garrafas de água, arroz e óleo. Uma dúzia de psiquiatras foram enviados para tratar dos sobreviventes, segundo a agência de notícias Xinhua.
Alguns moradores acreditam que o número de mortos pode ser bem maior. "Ouvi dizer que centenas morreram. O governo fechou vilas onde o número de mortos é muito alto para impedir que a informação seja divulgada", disse um jovem que não quis se identificar.
Em Cangnan, a água que estava à altura do joelho —com mau cheiro e misturada com lama, esgoto e óle— molhava pedestres e inundava lojas e a rua principal.
Mais de um dia após a tempestade, havia lixo sem recolher sob um calor de 30 graus Celsius.
Na vila de pescadores de Xiaguan, atingida por ventos de 216 quilômetros por hora, mais poderosos que o do tufão de 1956 que matou mais de 3.000 pessoas, uma casa explodiu lançando tijolos na rua.
Equipes de resgate descarregavam blocos de gelo para preservar corpos durante as duas horas de viagem em uma estrada estreita obstruída por árvores caídas e pedras. Pelo menos 41 moradores, incluindo oito crianças, foram mortos quando uma casa desmoronou na cidade de Jinxiang.
Em na vila de Lanping, Lin ponderava sob a luz de velas: "Eu vi o grande tufão de 1956. Este foi mais ou menos comparado àquele", disse ele.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/283219/visualizar/
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