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Internacional
Sábado - 12 de Agosto de 2006 às 13:37

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Estima-se que 30 mil soldados libaneses estejam agora em território libanês, deslocando-se na direção do rio Litani, cuja localização, cerca de 30 km da fronteira com Israel, é considerada estratégica.

O pedido de cessar-fogo consta de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, aprovada na sexta-feira após intensas negociações entre os países-membros (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e China).

A proposta internacional, porém, só será votada pelo gabinete israelense neste domingo e Israel afirma que continuará com a ofensiva pelo menos até então. O primeiro-ministro Ehud Olmert estaria pedindo ao seu gabinete que endosse a resolução.

Uma alta fonte do governo israelense disse ao jornal Haaretz que a trégua deverá entrar em vigor às 7h desta segunda-feira. Até lá, disse a autoridade ao Haaretz, as tropas terão alcançado o rio Litani e estarão bem posicionados em uma eventual retomada dos combates.

O comandante das Forças Armadas israelenses, general Dan Halutz, disse que as tropas permaneceriam no Líbano até a chegada dos 15 mil capacetes azuis que comporão a força de paz internacional prevista pela resolução da ONU.

Hezbollah

Já o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse que o grupo colaborará com o cessar-fogo desde que Israel também respeite a trégua. Segundo Nasrallah, o grupo se dispõe a colaborar com o Exército libanês e com a força de paz internacional.

O líder militante disse, entretanto, que a resolução tem trechos injustos e prometeu lutar contra as forças israelenses até que elas deixem o Líbano.

O premiê libanês, Fuad Siniora, indicou que também apoiará o cessar-fogo. "Esta resolução mostra que o mundo inteiro está do lado do Líbano", afirmou Siniora.

Mais de mil libaneses e 120 israelenses já foram mortos no conflito iniciado em 12 de julho, quando o grupo militante Hezbollah invadiu o terrirório israelense e capturou dois soldados.

Israel respondeu com ataques aéreos e depois terrestres, supostamente com o objetivo de destruir as bases do Hezbollah no sul do Líbano, de onde os foguetes que atingem as cidades israelenses são disparados.

Combates deste sábado

Israel afirmou que a ampliação da ofensiva resultou na tomada da cidade de Ghanduriyeh, a 12 km da fronteira, e na morte de 30 militantes do Hezbollah em diferentes cidades. Trinta militares israelenses também teriam ficado feridos.

O grupo militante xiita, por sua vez, anunciou ter matado sete soldados israelenses neste sábado e destruído 21 tanques - as informações não foram confirmadas.

A intensificação da ofensiva já havia sido aprovada pelo gabinete israelense, mas foi suspensa por dois dias para dar tempo para os diplomatas negociarem o fim da violência.





Fonte: BBC Brasil

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