China tem novo superávit comercial de US$ 14,6 bilhões
No acumulado entre janeiro e julho, as exportações totalizaram US$ 508, 9 bilhões, com um avanço de 24,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. As compras externas cresceram 21,1%, atingindo US$ 432,95 bilhões. Os planejadores estatais da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NRDC, na sigla em inglês) estimam que o superávit da quarta economia mundial - depois de Estados Unidos, Japão e Alemanha - e do terceiro sócio comercial do globo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha, poderá oscilar entre US$ 120 e 130 bilhões em 2006.
O anúncio do terceiro recorde mensal consecutivo na balança comercial - precedido pelos resultados de junho (US$ 14,5 bilhões) e maio (US$ 13 bilhões) - foi antecedido, com a precisão de um relógio suíço, pela publicação de vastas reportagens e declarações oficiais na imprensa local sobre as medidas adotadas pelo governo chinês para reduzir os constantes superávits do país, em especial com os seus principais parceiros comerciais - Estados Unidos e União Européia (UE).
A maior parte delas, contudo, foi marcada pela ambigüidade. Numa iniciativa sem precedentes, o porta-voz do Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês), o banco central chinês, chegou a classificar como "autoritário" um economista do governo que projetou publicamente uma valorização de 4% do yuan - a moeda nacional - em 2006.
O mesmo se sucedeu com a divulgação de que o governo iria cortar a devolução de impostos das exportações de produtos de menor valor agregado, eletrointensivos ou cujas cadeias produtivas sejam altamente poluentes. Após uma série de desmentidos extra-oficiais, a medida acabou ratificada por fontes oficiais ouvidas pela Rádio Internacional da China (CRI, na sigla em inglês).
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